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EFAF - CONTO PSICOLÓGICO - A PARTIR DE “FLOR, TELEFONE, MOÇA", DE DRUMMOND

CONTO - EF ANOS FINAIS

CONTO PSICOLÓGICO
A partir da obra “Flor, telefone, moça”, de Carlos Drummond de Andrade

ID: EAT



Você já sabe, mas não custa lembrar...


O que é conto psicológico?
Conto psicológico é uma narrativa curta, geralmente escrita na 1.ª pessoa do singular. É narrativa centrada no eu interior da personagem, quase sempre única. Isso quer dizer que as reflexões são mais importantes do que os fatos/as ações personagem – fatos e ações tornam-se pretextos para aguçar e registrar o fluxo do pensamento. É comum a quebra da linearidade do enredo: há saltos e recuos no tempo. A personagem passa por situações inusitadas, incompreensíveis às demais pessoas, e o esforço do contista psicológico é materializar e registrar tais situações, de modo que o leitor possa conhecê-las, vivenciá-las, intensamente.

Ambientes frios, escuros e vazios; cenas de choque, medo e sedução; memórias que provocam náusea, ódio e delírio são frequentes no conto psicológico.


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Recorte temático:
Flor, telefone, moça traz a história de uma moça que morava perto do cemitério e que, por vezes, passeava por entre os jazigos. Um dia ela viu uma flor amarela plantada numa sepultura; a moça apanhou a flor e, em seguida, jogou-a fora. A partir desse fato, a moça começou a receber telefonemas. A voz, do outro lado da linha, dizia: “Quede a flor que você tirou de minha sepultura?”.
Foram muitos telefonemas. As mensagens repetiam-se apenas quando a moça atendia ao telefone. Primeiro, ela ficou irritada – pensava ser um trote; depois, passou noites e noites acordada... O medo, a debilidade, o desequilíbrio... Os telefonemas persistiam.



Proposta de redação: Imagine que você seja a moça da obra de Drummond, Flor, telefone, moça. Registre, num conto psicológico, tudo o que aconteceu desde o dia em que você colheu aquela (maldita?) flor amarela, até o dia em que você... Crie também um final inusitado.


Utilize a 1.ª pessoa do singular; conduza a história no tempo passado; se houver necessidade, crie uma personagem para contracenar com a moça.


Bom trabalho! Não economize criatividade e sensibilidade!


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SUPER DICAS:
 Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
 Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...
 Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está bem claro (fácil de ser entendido), coeso (as ideias, frases e parágrafos fluem, estão bem ligados), coerente (o quanto possível, as ideias não se embaralham), conciso (não tem repetições nem sobra de palavras) e correto (a ortografia, os plurais, as regras de acentuação gráfica e de pontuação foram revisadas).

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