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EFAF - CONTO - A BORDO, RUMO A LISBOA

CONTO - EF ANOS FINAIS

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

RELEITURA - CONTO

A BORDO, RUMO A LISBOA

ID: FLE


RELEITURA é a apropriação de uma referência artística ou literária com um determinado propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-referência.

A releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: a recriação exige sensibilidade, técnica e muita criatividade!

A obra, base para a proposta dessa releitura, é “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do autor brasileiro Machado de Assis. (“Póstumo” é aquilo que acontece depois da morte de alguém.) O enredo traz a personagem Brás Cubas, um defunto que resolve escrever suas memórias. Que incrível! Brás conta que foi menino travesso, adolescente aventureiro. Depois de moço, formou-se advogado. Tinha uma namorada, Virgília, que o trocou por outro. Mais tarde, eles se encontram e...

E então? Gostou do "spoiler"? Que tal lermos a obra? Que tal escrever mais um episódio de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”?

Abaixo, sua proposta de trabalho: a redação de um CONTO.


CONTEXTUALIZAÇÃO: Leia um trecho do capítulo intitulado “A bordo”, com nossas adaptações. Nesse trecho, Brás Cubas embarca no navio rumo a Lisboa; a mandado do pai, ele vai fazer o curso de Direito. O rapaz está muito contrariado porque não queria viajar – o pai o obrigou, porque Brás estava namorando Marcela, uma moça de quem o pai não gostava.

“Éramos onze passageiros, um homem doido, acompanhado pela mulher, dois rapazes, quatro comerciantes e dois escravos. Meu pai pediu que o capitão do navio cuidasse de mim, quer dizer, que me vigiasse. (...) Eu estava contrariado, muito contrariado. Não sei se o capitão desconfiou de alguma coisa, mas eu tinha um plano – o que sei é que o capitão não tirava os olhos de mim.”


COMANDO: Você deverá imaginar-se o próprio Brás Cubas, e, depois dessa cena que acabamos de ler, escrever um episódio em que você põe em prática o “plano” mencionado no trecho.

Pense, levante hipóteses, aproveite as personagens já apresentadas pelo autor para desenvolverem esse “plano” com você. E então: como tudo aconteceu?

Escreva de 25 a 30 linhas.

Não economize criatividade! Pense em algumas cenas sutilmente cômicas; a comicidade e a ironia são traços marcantes de Machado de Assis.

  

O que é CONTO?

Você já sabe, mas não custa lembrar...

Contos são narrativas curtas – o escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso pensar em: trama (história), personagens (que agem ao longo da história), tempo (quando acontecem os fatos), narrador (quem conta a história) e espaço (lugar em que acontecem os fatos).

Atenção à estrutura tradicional do conto: apresentação (das personagens, do tempo e do espaço), complicação (envolvimento/ação das personagens), clímax (instante de maior suspense) e desfecho (final da trama).



. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.

. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...

. Até o final de seu conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...

. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados), se os fatos obedecem a uma sequência cronológica e não se atropelam, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a pontuação, a acentuação gráfica e os plurais estão corretos.

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