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MODELO ENEM - URBANIZAÇÃO EM ÁREA DE RISCO

ENEM

URBANIZAÇÃO EM ÁREAS DE RISCO

MODELO ENEM

ID: IFU



Texto I

Em 38 anos, a urbanização em áreas de risco de desastres climáticos triplicou no país, aponta um levantamento do MapBiomas. Os pesquisadores descobriram que a urbanização em áreas de risco aumentou 2,8 vezes. Especificamente nas favelas, o crescimento foi de 3,4 vezes. Atualmente, 3% da área urbana total do país – 123 mil hectares – estão em regiões de risco. Nas favelas, o percentual é muito maior: 18%.

"Essas áreas precárias, as favelas, em geral, têm uma correlação: elas ocupam mais as áreas de risco e a gente tem que refletir sobre quais são os motivos que levam as pessoas que moram nessas áreas a ocuparem áreas de risco”, disse Julio Pedrassoli, professor da Universidade Federal da Bahia e coordenador do MapBiomas. “Em geral, não é por opção, mas por falta de opção. São os terrenos que eles têm, terrenos de menor valor. Então, se tem um terreno que, você sabe, pode inundar, e um terreno que você sabe que pode desabar, ele não tem valor pro mercado imobiliário, é o que sobra para ocupação de uma boa parcela da população brasileira", acrescentou.

A ocupação perto dos leitos dos rios, que podem transbordar com chuvas fortes, triplicou neste período – 425 mil hectares. As ocupações que ficam em morros com possibilidade de deslizamentos, quintuplicaram – 8,6 mil hectares para 45 mil. O levantamento também contabilizou a quantidade de desastres ambientais. Só nas últimas três décadas, eles aumentaram mais de cinco vezes. "Então é importante olhar para esses dados na perspectiva que nós estamos vendo, de aumento na intensidade desses eventos, e são áreas que a gente tem que monitorar, tem que tomar cuidado com o que já existe lá, mas também olhar para elas e impedir que novas ocupações, que vão representar perigo para as pessoas", acrescentou Julio. Ainda conforme o pesquisador, o estudo pode ser usado para criação de políticas nacionais, mas também por municípios para orientar a elaboração de planos de redução de riscos.

Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2023/10/31/urbanizacao-em-areas-de-risco-para-desastres-climaticos-triplica-no-brasil-em-quase-40-anos-aponta-mapbiomas.ghtml. ADAPTADO. Acesso em 26.out.2023.



Texto II

Moradias em áreas de risco

No Brasil, há grandes desafios para viabilizar moradia adequada para os grupos vulneráveis que vivem em áreas de risco. Dados do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, revelam que 9,5 milhões de habitantes moram de maneira precária, em áreas de risco sujeitas a deslizamentos de terra, enchentes e a outros desastres provocados pelo clima, o que representa mais de 2,5 milhões de moradias erguidas em áreas de risco. Esses locais necessitam de melhorias para mitigar o risco ou realocação da população em novos espaços.

Moradia e Defesa Civil

A moradia é a infraestrutura mais atingida em contextos de desastres provocados pelo excesso de chuvas. Dados do Observatório dos Desastres Naturais da CNM – relacionados às calamidades decorrentes de chuvas intensas, tempestades e ciclones – apontam que, entre 2013 e 2022, o setor habitacional foi severamente afetado: 2,1 milhões de casas foram danificadas e destruídas, o que causou mais de R$ 25,4 bilhões de prejuízos em todo Brasil.

Déficit Habitacional

Atualmente, o déficit habitacional, ou seja, a necessidade das famílias por moradias, é de 5,8 milhões de novas unidades. Desse modo, fica claro que as gestões locais dependem de robustas políticas interfederativas de habitação. De acordo com levantamento da CNM, a proposta do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) apresentou corte de R$267,7 milhões para ações de desenvolvimento territorial e urbano relacionadas ao programa 2217 (Desenvolvimento Regional, Territorial e Urbano). Os cortes afetam diretamente investimentos em reabilitação e acessibilidade dos espaços urbanos e equipamentos comunitários (por exemplo: calçadas, praças, parques, feiras públicas, áreas de lazer, calçadões, ciclovias integradas aos passeios, rotas acessíveis, estruturas para a prática de atividades físicas, cemitérios e demais lugares de convívio social); afetam, de igual modo, o desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, as obras para melhorar a logística e a modernização da gestão pública.

Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2023/10/31/urbanizacao-em-areas-de-risco-para-desastres-climaticos-triplica-no-brasil-em-quase-40-anos-aponta-mapbiomas.ghtml. Adaptado. Acesso em 6.dez.2023.


Texto III


Charge do DUM.

Disponível em:

https://1.bp.blogspot.com/_KOugzFkKzQs/TTRTEaTpA_I/AAAAAAAAA6M/S2W5bC7TMtc/s1600/CHARGE_ENCHENTES_2010.jpg.

Acesso em 6.dez.2023.



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A questão das políticas públicas para evitar os ricos da urbanização em áreas vulneráveis.” Apresente proposta de intervenção social que respeite os Direitos Humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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