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EM - CRÔNICA DESCRITIVO-REFLEXIVA - CRIANÇAS SÍRIAS RECEBEM AJUDA

CRÔNICA - EM

A MENINA QUE SORRI PARA ALÉM DA JANELA

CRÔNICA DESCRITIVO-REFLEXIVA

ID: GHU




IOM / Muse Mohammed       
Niños sirios en uno de los hogares que reciben ayuda para comprar alimentos
20 Julio 2018
Migrantes y refugiados

A Agência da ONU para Refugiados pede a todas as partes na Síria que forneçam trânsito seguro para 140.000 civis deslocados no sudoeste do país para que possam receber ajuda e abrigo. A ONU Direitos Humanos condenou o assassinato de Abraham Hernandez González, defensor dos direitos dos povos indígenas, em Oaxaca, México.

Disponível em: https://news.un.org/es/story/2018/07/1438202



PROPOSTA DE REDAÇÃO: Observe atentamente o texto acima (imagem e informação), analise-o, e então redija uma crônica descritivo-reflexiva de, aproximadamente, 25 linhas.

Antes de escrever, “dialogue” com a menina que sorri por entre os estilhaços, repare os cabelos despenteados, os olhos – o que sugerem?, o menino tímido, o raio de sol... O que será que a menina vê para além do vidro estilhaçado?

Atribua um título ao texto. Não economize sensibilidade!



O que é crônica descritivo-reflexiva?

A descrição reflexiva vai muito além do registro objetivo daquilo que se pretende “desenhar” com palavras. É a apreensão daquilo que nem sempre se vê – é o contato com o “de dentro” de pessoas ou coisas. É preciso que o escritor tenha sensibilidade e perceba situações que transcendem o olhar comum e superficial. Os apontamentos são subjetivos, a partir de percepções, reflexões e experiências do próprio escritor.

O que se avalia numa crônica descritivo-reflexiva é a capacidade de o aluno provocar os apelos da alma em choque com o mundo contemporâneo, por vezes caótico, em razão dos desequilíbrios sociais (guerra, abandono, pobreza, desigualdade, avareza, corrupção etc.).

Nesses textos, a função da linguagem não é informativa, e sim poética e expressiva.

Nas reflexões, como o próprio termo sugere, importa o registro da sofisticação, da inquietação e da intensidade do pensamento. A linguagem figurada (metáfora, sinestesia, personificação etc.) pode ser importante aliada às crônicas descritivo-reflexivas.


No fragmento abaixo, do escritor Graciliano Ramos, com adaptações, temos um exemplo de texto predominantemente descritivo-reflexivo:

Meu avô materno era alto e magro, de cabelos e barba como pasta de algodão, não desperdiçava tempo em cantiga, nem se fatigava em miuçalhas. (...) A voz lenta, nasal, pigarreada pelo excesso de tabaco, rolava com um ronrom descontente que nos arranhava os ouvidos, depois se insinuava, se adocicava, tomava a consistência de goma. Tínhamos a impressão de que a fala ranzinza nos acariciava e repreendia. Os gestos eram vagarosos. Homem de imenso vigor, resistente à seca, ora estava na prosperidade, ora no desmantelo, reconstruindo a fortuna, corajoso, com as mãos duras.

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