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EFAF - CONTO POLICIAL - MORTE NO HOTEL

CONTO - EF ANOS FINAIS

MORTE NO HOTEL

CONTO POLICIAL

ID: HXG




CONTO POLICIAL é um gênero literário que tem como característica básica a existência de um crime a ser desvendado – o escritor, além da cena do crime, deverá revelar a estratégia da investigação, até que o leitor conheça o criminoso. É comum adotar um detetive, personagem determinante, porque, em meio ao mistério, é o detetive quem vai passar por instantes de perigo.

É importante anotar que, em contos policiais bem elaborados, o leitor também se comporta como o detetive, tamanho o interesse em desvendar a situação.

O autor, quase sempre, explora ambientações escuras ou desertas.(Procure se lembrar de cenas/episódios de filmes policiais aos quais você, certamente, já assistiu.)

O autor de contos policiais, antes de esclarecer os fatos, mistura “pistas” falsas às verdadeiras, a fim de que o leitor possa ser surpreendido com o desfecho do conto.

***

Leia o fragmento abaixo, adaptado de “O mistério do cinco Estrelas”, de Marcos Rey:

“Barão” era o apelido do hóspede gordo, do 222, que mandou Leo, o mensageiro, comprar jornais. Com os jornais em mãos, Leo tocou a campainha do 222, e o Barão não abriu de imediato a porta. Leo ouviu ruídos.

— Quem é? — perguntou o Barão.

— Sou eu, o mensageiro! Trouxe os jornais.

Então o Barão abriu, lentamente, apenas uma fresta da porta, espaço suficiente para que Leo pudesse ver dois pés calçados, que escapavam por debaixo da cama. O Barão sorria amarelo, a voz rouca e embargada, as mãos trêmulas deixaram cair os jornais. Quando o Barão esticou o braço para dar a gorjeta, Leo viu que na manga do roupão do Barão havia uma mancha vermelha... De sangue? O mensageiro deteve-se ainda um momento para fixar na memória a cena que acabara de ver. Daí por diante começariam seus problemas – até porque o perfeito mensageiro não tem olhos nem ouvidos: apenas pernas e cortesia.


CONTEXTUALIZAÇÃO: Imagine que Leo, o mensageiro, seja um velhinho, que trabalha no hotel há muito tempo. Imagine, ainda, que ele já não enxergue bem e que, por isso, os policiais não tenham acreditado no relato que ele fez na delegacia, em que mencionou detalhes da cena acima descrita.


COMANDO: Agora você é o escritor! Releia o fragmento adaptado do obra de Marcos Rey e mergulhe na contextualização aqui proposta. Perceba que há uma situação interessante a ser explorada. Aproveite todos os detalhes que foram “plantados”, e escreva o melhor CONTO POLICIAL de todos os tempos. Agora você é o escritor! Atribua um título ao texto.


Pense, levante hipóteses! Não economize criatividade! 

. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.

. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...

. Até o final de seu conto, o leitor pretenderá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...

. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e parágrafos estão bem ligados, se as ações seguem numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a acentuação gráfica, as pontuações e os plurais estão corretos. 

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