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EFAF - CONTO - RELEITURA DE "O CORTIÇO"

CONTO - EF ANOS FINAIS


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O CORTIÇO

RELEITURA - CONTO

ID: GUL



Releitura é a apropriação de uma referência artística ou literária com um determinado propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-referência.


A releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: a recriação exige sensibilidade, técnica e muita criatividade!


A obra, base para a proposta dessa releitura, é “O Cortiço”, do autor brasileiro Aluísio Azevedo. O enredo, como o título adianta, é ambientado num cortiço, na cidade do Rio de Janeiro, final do século 19. Nesse enredo, percebemos a rotina da população periférica, em especial a atuação das lavadeiras (mulheres que lavam roupas para famílias ricas).


E então? Gostou do spoiler? Que tal ler a obra? Que tal escrever um novo episódio? Abaixo, sua proposta de trabalho: a redação de um CONTO.



CONTEXTUALIZAÇÃO: Leia um trecho da obra “O Cortiço”, com nossas adaptações:


As casinhas eram alugadas por mês e as tinas*, por dia; e tudo pago adiantado. O preço de cada tina, metendo a água, quinhentos réis; sabão à parte. As moradoras do cortiço tinham preferência e não pagavam nada para lavar. E aquilo se foi constituindo numa grande lavanderia, agitada e barulhenta, com as suas cercas de varas, as suas hortaliças verdejantes e os seus jardinzinhos. (...) Começava o dia de trabalho. Algumas lavadeiras enchiam já as suas tinas; outras estendiam nos coradouros a roupa que ficara de molho. A primeira que se pôs a lavar foi a Leandra, apelidada “Machona”, ao lado de quem foi colocar-se a lavadeira Augusta Carne-Mole. (...) E, mal vagava uma das casinhas do cortiço, ou um quarto, um canto onde coubesse um colchão, surgia uma nuvem de pretendentes a disputá-los.


* tina: vasilha semelhante a um barril cortado ao meio, utilizada para lavar roupa.


COMANDO: Para a releitura dessa obra, você escreverá um conto e, para tanto, imagine esse cortiço nos dias de hoje: com o avanço das ferramentas tecnológicas, como as lavadeiras seriam contratadas para o serviço?; lavariam roupas nas tinas?; como aconteceriam os contratos de aluguel?; e as transações comerciais – como seriam pagas?; itens de horta ainda seriam plantados nos quintais?


Aproveite e atualize ao máximo as situações do trecho acima. Pense em algum incidente, para dar mais vida ao seu conto. Não economize criatividade!



O que é CONTO?


Você já sabe, mas não custa lembrar...


Contos são narrativas curtas – o escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso pensar em: trama (história), personagens (que agem ao longo da história), tempo (quando acontecem os fatos), narrador (quem conta a história) e espaço (lugar em que acontecem os fatos).


Atenção à estrutura tradicional do conto: apresentação (das personagens, do tempo e do espaço), complicação (envolvimento/ação das personagens), clímax (instante de maior suspense) e desfecho (final da trama).



SUPER DICAS:

. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.

. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...

. Até o final de seu conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...

. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados), se os fatos obedecem a uma sequência cronológica e não se atropelam, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a pontuação, a acentuação gráfica e os plurais estão corretos. 

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