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EFAF - CARTA DO LEITOR - MOÏSE É ESPANCADO ATÉ A MORTE

CARTA DO LEITOR - EF ANOS FINAIS

CASO MOÏSE, O CONGOLÊS ESPANCADO ATÉ A MORTE

CARTA DO LEITOR

ID: GGD


O caso Moïse e o racismo diário


Thomas Milz
10/02/2022


Analistas veem assassinato brutal do jovem congolês como consequência da banalização da violência contra minorias

A brutalidade do assassinato do congolês Moïse Mugenyi Kabagambe, de 24 anos, espancado com pauladas até a morte, num quiosque da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, gerou uma onda de indignação no Brasil. Milhares expressaram seu horror nas redes sociais usando hashtags como #JustiçaparaMoise” e #JusticaPorMoiseMugenyi”. As cenas do crime, registradas pelas câmeras de segurança do quiosque, chocaram o país. Segundo a família, o congolês, que fugiu em 2011 com seus parentes da guerra na República Democrática do Congo, teria sido morto após cobrar o pagamento de dois dias de trabalho no quiosque. As imagens mostram vários homens batendo em Moïse com uma ripa de madeira e um taco de beisebol e amarrando-o em seguida. Três homens que trabalhavam no local do crime e no quiosque vizinho, identificados como agressores através do vídeo, foram presos. (...)

Para o sociólogo Ignacio Cano, do Laboratório de Análise da Violência da Uerj, o caso revela a banalização da violência no Brasil, onde bater em alguém para "ensinar uma lição" é considerado normal e legítimo. "Espancar não é nada incomum. O que não é comum é um espancamento resultar em morte. Mas o espancamento, infelizmente, é comum." (...)


Protestos contra racismo e xenofobia

Para o teólogo Rodolfo Capler, pesquisador do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia da Fundação São Paulo/PUC-SP, o alto interesse do público mostra que a sociedade brasileira é sensibilizada por movimentos estrangeiros como o Black Lives Matter. Segundo ele, principalmente a geração mais jovem está aberta para esse "impulso mundial". "Essa geração, que chamo de geração selfie, é a geração mais inclusiva da história", diz Capler (...), para quem "O racismo nosso de cada dia usa uma roupagem de democracia racial. Mas aqui não há uma democracia racial. Negar isso é uma forma de camuflar o racismo, de negar a realidade."

MILZ, Thomas. Portal Made for minds.

Disponível em: https://www.dw.com/pt-br/o-caso-mo%C3%AFse-e-o-racismo-di%C3%A1rio-com-apoio-presidencial/a-60735531. Adaptado. Acesso em 3.mar.2022.



CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO: Imagine que, depois de lida a matéria acima, sobre O caso Moïse e o racismo diário, você, diante da importância do assunto, decide escrever uma CARTA DO LEITOR, endereçada ao editor do portal Made for minds, em cuja carta você manifestará suas impressões/opinião sobre a matéria lida.



Só para lembrar...

CARTA DO LEITOR (ou Carta ao Editor) é o gênero textual que permite o diálogo entre leitor e editores de jornais e revistas – em tais veículos de comunicação é comum haver um espaço reservado para essa interlocução. Por meio da carta, o leitor manifesta sua opinião acerca de matéria veiculada, geralmente, em edições recentes. A CARTA DO LEITOR pode, ainda, elogiar a edição, registrar um protesto acerca do assunto, sugerir a tomada de medidas ou decisões etc.


COMO FAZER?

Ainda que comumente não vejamos a moldura da CARTA DO LEITOR nos jornais e revistas – isso por economia de espaço – a estrutura é maleável, e deve contemplar: local, data, vocativo, síntese do assunto (quem ler a carta deve saber do que se trata, sem depender da matéria base da Carta do Leitor), dados da publicação da matéria (pág. XX, edição de nº XX), discussão/impressões do leitor, despedida e identificação/assinatura do emissor.

Não contém título e geralmente é conduzida na 1.ª pessoa do singular.

Quando o enunciado da proposta não trouxer um limite, a CARTA DO LEITOR deve ser escrita em, aproximadamente, 20 linhas.


MUITA ATENÇÃO: A CARTA DE LEITOR é, preferencialmente, endereçada ao editor do jornal ou da revista, e não ao autor da matéria sobre a qual o leitor vai escrever. Comece assim: “A abordagem sobre..., da edição nº..., foi muito bem feita. Fulano de Tal tem razão ao dizer que... Entretanto...”.

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