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Texto teatral – Esquete – “Macabéa” – Podcast Redigir Fundamental

Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!

Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção! 

Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.

Texto teatral – Esquete – “Macabéa”

Confiram o episódio!

Transcrição do episódio

Olá! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental, comigo, Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura. 

Hoje faço algumas considerações sobre a composição de esquetes. 

E o que é esquete, Gislaine! 

Opa! Meu aluno imaginário chegou! Esquetes que são as diversas cenas que compõem uma peça de teatro. Um esquete (ou uma esquete, tanto faz) é uma cena inteira, com começo, meio e fim. Esquetes interligados compõem, então, a peça de teatro. 

Igual a capítulos de novela, professora?

Exatamente. Um esquete funciona como um capítulo de novela. 

Eu já fui ao teatro – a gente não pode se distrair, porque a história acontece muito rápido.

Acontece muito rápido mesmo. No teatro, o enredo é contado por meio do diálogo entre os atores-personagens – dizemos então que se trata de um gênero textual que se apropria dos tipos narrativo e dialogal – geralmente, não é o narrador quem nos conta a história, e sim os atores-personagens, por meio do discurso direto; há também mensagens para serem “lidas” na expressão corporal/facial de cada um deles.

O drama, que é o nome que se dá à escrita teatral, comporta o texto principal e o secundário:

– o texto principal traz os diálogos/as interações dos atores-personagens, por meio dos quais o espectador vai conhecendo o enredo;

– o texto secundário são as rubricas, ou seja, as anotações que seguem às margens do texto principal, a fim de nortearem o encenador, tais como: fim do primeiro ato; entra o caminhoneiro; gritos na rua etc. É importante dizer que as rubricas, assim como os diálogos, contribuem para a composição da história, especialmente quando o texto for escrito para ser lido.

Texto lido? Para teatro, Gislaine?

Sim. Há leitores que apreciam a escrita para teatro, até porque, lendo uma peça de teatro, é possível, por vezes, captar melhor as entrelinhas do texto, captar alguma coisa que o dramaturgo tenha deixado subentendida e que, talvez, o ator não tenha conseguido interpretar. Pode estar certo de uma coisa: tanto a encenação quanto a leitura são muito envolventes.

As rubricas também servem para definir o perfil das personagens, o cenário, o tempo e outros aspectos importantes para a composição das esquetes. Por meio das rubricas, o encenador, como eu disse, obedece aos comandos do dramaturgo: tarde de sol, chuva intensa, casa destelhada etc., etc.

A estrutura textual é a mesma dos demais textos do âmbito de narrar: exposição, conflito e desfecho. 

Os personagens podem ser classificados como protagonista (ou seja, personagem principal), antagonista (o antagonista, quando houver, é o personagem que se opõe ao protagonista), personagens secundários (aqueles que cooperam com a ação do protagonista e do antagonista) e personagens figurantes (os que têm participação pouco significativa).

Puxa! Aprendi um monte de coisa! Legal!

Legal, mesmo, é a proposta de redação!

 

Na proposta há um texto de apoio: a sinopse da obra “A hora da estrela”, de Clarice Lispector, cujo assunto, em torno da personagem Macabéa, é a invisibilidade social.

A partir desse contexto, você deverá escrever um esquete, ou seja, uma cena completa, de curta duração. O tema de seu esquete, também recolhido da obra, é: “Macabéa vai à cartomante”.

Leve em consideração o contexto da obra para, então, caracterizar as personagens, o cenário e outros detalhes necessários para a composição do esquete. 

Mãos à obra!

Gislaine, só uma pergunta: o que é invisibilidade social?

Olha só: ainda que seja impossível a um indivíduo se tornar, de fato, invisível, há pessoas que não são notadas, pessoas das quais alguns tomam até distância, entende? É o caso de crianças em situação de rua, por exemplo. Grande parte da sociedade vê essas pessoas, mas, por se desviarem delas ou por fazê-las desimportantes, é como se fossem invisíveis. Daí a expressão invisibilidade social. A Macabéa, personagem de A hora da estrela, é invisível aos olhos de grande parte da sociedade.

Você quer conhecer meu esquete? Então vamos lá! 

 

Macabéa vai à cartomante

(O palco é a casa da cartomante. A porta está entreaberta e a luz, acesa. A cartomante está sentada, fuma, mexe com as cartas do baralho. Na mesa, há um prato com bolinhos. Macabéa entra, senta-se numa cadeira que range.)

Macabéa: Boa tarde, Dona Cartomante! Eu sou a Macabéa. Trabalho no escritório do Seu Raimundo, não sei se a senhora conhece ele… Ó, eu entrei porque a porta tava aberta… Me disseram que a senhora é muito boazinha. Hummm… Tem até bolinho! Posso?

Cartomante: Eu já esperava por você, Macabéa. Coma, enquanto ponho as cartas.

Macabéa: Carta pra mim ninguém manda, não senhora… Eu só falo com uma irmã minha, de vez em quando, no telefone orelhão de ficha.

(A cartomante distribui as cartas. Macabéa devora os bolinhos, engasga, tosse.)

Macabéa: Esses bolinhos são bom, mas é tão seco, né? Tem café, não?

(A cartomante a ignora. Continua lendo as cartas.)

Cartomante: Macabéa, as cartas dizem que…

Macabéa: Só se tão falando no ouvido da senhora, porque eu não escutando nada.

Cartomante: Chiiiiu. Você fará uma viagem…

Macabéa: Pra onde? Tenho um tio que mora em Salvador e outro que mora aqui perto, em São Paulo; ele trabalha de engraxar sapato, lá na Estação da Luz…

Cartomante: Chiiiiiiiui! Viagem longa, Macabéa. O voo partirá do aeroporto Santos Dumont…

Macabéa: Do Santos? Nem sabia que ele tinha aeroporto de avião…

(A cartomante se irrita.)

Cartomante: Se você não ficar quieta, eu paro a leitura!

Macabéa: Desculpa, mas a senhora tá lendo o quê?

(A cartomante suspira, retoma a leitura, com um pouco mais de ternura.)

Cartomante: Macabéazinha, você é uma moça bonita… Um rapaz vai surgir na sua vida, vai levar você para passear, num lugar frio, com muita neve…

Macabéa: Uh delícia! E o que é que as cartas fala de… roupa de frio? Porque eu só tenho chinelo e camiseta. Sapato eu tenho um par, que eu ganhei da mulher do zelador. Roxo. Diz que tá na moda.

(Um estrondo. A lâmpada apaga. Macabéa se levanta e vai saindo.)

Macabéa: Dona Cartomante, não é medo do escuro, não. É que essa cadeira já tá cansada de mim… Mas, ó: agradece às cartas pela viagem, diz que eu tô lá em casa esperando a passagem. Moro na rua de trás, na esquininha. É só gritar que eu apareço no portão. Pode entrar sem bater, se quiser, eu não ligo, não tá? Viu… Se quiser ir no meu lugar, também pode… Eu deixo pra próxima… quem sabe prum lugar onde não faz frio.

Por Gislaine Buosi

 

E então? Gostou do meu esquete? 

Gislaine, deu até vontade de encenar!

E por que não…? Gostou mesmo? Também quero conhecer o seu esquete! E que tal escrevê-lo agora (clique aqui)? Escrever… você já sabe: é pra lá de bom demais!

Então escreva, revise e poste sua redação. Assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá, você encontrará tópicos e podcasts de gramática, além de lista de exercícios para aprimorar a linguagem escrita. 

É isso! Um abraço e até o próximo episódio!

 

Confira aqui o episódio anterior.

 

Rumo a redações excelentes no Ensino Fundamental!

A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts. 

 

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