Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
O professor estava atrasado. A sala de aula, um verdadeiro caos em meio a cochichos e risadas. Miguel, encolhido no canto, tentava desaparecer. Seus cabelos recém-cortados deixavam as orelhas grandes ainda mais evidentes.
Olá! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
Hoje vamos fazer algumas considerações a respeito de conto social. Ao final, há uma proposta de redação e um conto sobre o tema, obviamente, de viés social – e dos mais atuais: a dura realidade de um garoto que é vítima do bullying escolar.
Ual! O episódio parece que vai ser empolgante!
Ora, ora! Meu aluno imaginário chegou! Vai ser empolgante, sim. Fique comigo do começo ao fim do episódio!
Antes de falarmos, exatamente, sobre conto social, deixo aqui uma informação: você sabia que contar e ouvir histórias são atividades das mais rudimentares? Antes mesmo da linguagem escrita, tal como temos hoje, as pessoas contavam histórias – já contavam, inclusive, histórias que chegam até nós.
Contos, fábulas, crônicas, lendas – são exemplos de textos narrativos literários.
Para escrevermos um conto, é preciso, em primeiro lugar, termos ou inventarmos um enredo, quer dizer, uma história.
A partir do enredo, criamos os demais elementos do conto: personagens, tempo e espaço. Olha só: os personagens, em determinado tempo e espaço, vão contracenar, viverão o enredo. É preciso também criarmos um narrador, para nos contar a história.
Até o final do conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o que aconteceu?, com quem aconteceu?, como?, quando?, onde?, por quê?, e então…
Gislaine, o que é, exatamente, um conto social?
Bem… Vamos lá! Nos contos de amor, há o envolvimento afetivo dos personagens; nos contos de aventura, há descobertas, missões impossíveis; nos contos de humor, há, sobretudo, situações engraçadas; nos contos de terror, o escritor investe no desconhecido, ou, mais precisamente, no medo, no pavor pelo desconhecido.
Por sua vez, o conto social focaliza temas que envolvem, em especial, acontecimentos muito próximos à realidade de personagens socialmente marginalizadas, ou seja, de personagens que em muito se assemelham a pessoas desprivilegiadas. Há certo aceno a denúncias de injustiças ou de desatenção aos direitos humanos. Temas como desigualdade social, fome, preconceito, pessoas em situação de rua e bullying podem ser pano de fundo para os contos sociais.
As técnicas descritivas também devem ser exploradas: cheiros, ruídos, cores, sabores – tudo isso, em sintonia, colabora para criar personagens e cenários mais vivos.
Lembre-se: os leitores enxergarão, exatamente, o que o escritor quiser que eles enxerguem – personagens altos, baixos, felizes, adoentados, bem ou mal vestidos; cenários luxuosos, paupérrimos, vazios etc., etc. E isso é possível graças aos aspectos descritivos desenvolvidos pelo escritor.
Gislaine, tô pensando aqui… Vou escrever sobre um aluno que provoca o outro, daí os dois vão para a diretoria, e o diretor obriga o valentão a pedir desculpas para o menino que sofreu o bullying… O que você acha?
Ah… acho essa abordagem muito comum. Você concorda?
Concordo.
Então minha sugestão é a seguinte: aposte em enredos mais criativos, em finais mais surpreendentes. Em textos originais, entende? Olha só: esteja certo de que ninguém pensaria em criar um enredo tal como você esteja pensando – isso é ser original; isso valoriza o texto.
Tá legal, professora!
Legal? Legal mesmo é a nossa proposta de redação. Vamos conhecê-la?
Na proposta há alguns textos-base para esta atividade. Leia-os atentamente, e então escreva um conto social, a partir do tema: “Quando não existe plateia, não existe bullying” – aliás, essa é a chamada da campanha educativa #Seja Brother, do Ministério Público do Estado da Bahia.
Leve ao seu leitor o conto social mais bem escrito de todos os tempos! Invista também em aspectos descritivos, para dar mais vida aos personagens e às cenas.
Mãos à obra!
Você quer conhecer meu conto social? Aqui está.
Bullying não é brincadeira
Por Gislaine Buosi
O professor estava atrasado. A sala de aula, um verdadeiro caos em meio a cochichos e risadas. Miguel, encolhido no canto, tentava desaparecer. Seus cabelos recém-cortados deixavam as orelhas grandes ainda mais evidentes.
Jonas, o valentão, aproveitou a deixa e passou um bilhete com palavras depreciativas e desenhos maldosos de Miguel, o que provocou risadas que ecoavam corredor afora.
De repente, Luísa levantou-se e pegou o bilhete antes que ele chegasse à próxima mão.
— Já chega, Jonas! — disse ela. A risada cedeu espaço a um total silêncio.
Jonas, surpreso, retrucou:
— Vai defender o orelhudo? E quem é você pra falar assim comigo?
— Sou a Luísa, que, diferente de você, não humilha os outros pra se sentir grande! Aliás, você é pequeno demais, Jonas! Será que nunca vai crescer?
Jonas, por certo, sabia que Luísa se referia ao amadurecimento, à empatia, à nobreza de caráter…
Irritado, ele puxou o bilhete das mãos de Luísa, disposto a dar combustível ao confronte. Por sorte, o professor entrou, e a calmaria tomou conta da sala.
Durante o intervalo, Miguel sumiu. Talvez, como de costume, estivesse atrás do muro do colégio, chorando.
***
Dias depois, Jonas chegou à escola de touca — algo inusitado para o verão carioca.
— O que foi, Jonas? — brincou um colega. — Novo estilo?
Jonas explicou:
— O barbeiro errou a mão! Acabou com meus cabelos!
E outro, mais ousado, “Ah… não acredito! Cadê aquela cabeleira de fazer inveja?” Ele disse isso ao mesmo tempo em que puxou a touca, e então a surpresa: as orelhas avantajadas de Jonas.
Houve risadas discretas, abafadas. Jonas, envergonhado, procurou o olhar de Miguel, que não era de vingança, e sim de alívio e empatia.
Cenas de bullying, em quaisquer circunstâncias, são maldosas. Às vezes, é a própria vida que ensina uma boa lição.
E então? Gostou do meu conto social? Também quero conhecer o seu, ok? E que tal escrevê-lo agora (clique aqui)? Vamos lá! Escrever é pra lá de bom demais!
Escreva sua redação, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido; se as frases e os parágrafos estão bem ligados entre si; se as ideias obedecem a uma sequência cronológica e não se embaralham; se não há repetições nem sobra de palavras; se a ortografia, as regras de acentuação gráfica, a pontuação, as concordâncias e as regências estão corretas.
Tudo ok? Se ainda não… Não tenha preguiça de reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo…
Depois de tudo isso, poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no seu aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir – lá você encontra tópicos de gramática e listas de exercícios para aprimorar a linguagem escrita.
Essa redação que você acabou de ouvir também está disponível no site.
Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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