Resumir é
apresentar certo conteúdo, quase sempre escrito, de modo seletivo e breve.
Um resumo
deve ser:
Conciso,
obviamente: corte, quando não forem determinantes ao assunto principal, os exemplos dados pelo autor, detalhes/dados secundários.
. Em textos
narrativos, convém eliminar os discursos diretos – dê preferência aos discursos
indiretos, pois são mais econômicos; é preciso mencionar: fato/ação principal,
personagens principais (por vezes, é possível eliminar figurantes), além de
compor o lide: o quê?, quando, onde e como?, por quê (se houver justificativa)?
e desfecho.
. Em passagens
descritivas, convém economizar, o quanto possível, adjetivos e advérbios,
sobretudo os repetidos ou inexpressivos.
. Em textos
dissertativos, comece grifando as palavras-chave (substantivos e verbos) de
cada parágrafo ou sentença; detecte o assunto/a questão central e o ponto de
vista do autor sobre o assunto; veja se há intercalações desnecessárias ou
excesso de organizadores textuais (conjunções), e corte-os; faça um apanhado
dos principais argumentos pertinentes ao assunto central.
Pessoal:
escrito, o quanto for possível, com palavras próprias; é o resultado da sua
leitura do texto-base.
Logicamente
estruturado: um resumo não é apenas um apanhado de frases soltas. Ele deve
trazer as ideias centrais do texto-base, de preferência na ordem em que foram
apresentadas. Cuidado com a coesão textual – o uso correto das conjunções,
preposições e pronomes.
IMPORTANTE: O resumo não
comporta comentário acerca do tema nem do posicionamento adotado pelo autor do
texto-base.
COMANDO: Imagine que você seja o redator de uma revista de grande circulação, e tenha de enviar o texto abaixo para a Redação. Ocorre que o espaço destinado a publicações desse tipo de matéria é limitado, e cabe a você fazer um RESUMO do texto. Escreva até 15 linhas.
Para discorrermos sobre bullying, é preciso apresentar Joaquim Maria,
mulato, gago, míope e epilético; ele nasceu no Rio de Janeiro, na época em que
o Rio de Janeiro nem era conhecido como a “cidade maravilhosa”, em 21 de junho
de 1839, e faleceu em 29 de setembro de 1908, ocasião em que, certamente, houve
grande comoção no meio acadêmico-literário. O moço foi o melhor ajudante de
padeiro e o mais hábil auxiliar de tipógrafo – pelo menos é isso o que dizem os
biógrafos, no início do texto biográfico, apontando, inclusive, que ele
voltava, à tarde, para casa, com o avental todo manchado de tinta – até que
começou a escrever, dizem que escrevia todos os dias, e tornou-se um dos
grandes gênios literários de todos os tempos (disso não temos nenhuma dúvida).
Falamos, com todo o coração brasileiro cheio de orgulho, de Machado de Assis,
cujos dados biográficos nos dão conta de que, se hoje ele frequentasse uma sala
de aula, de escola pública ou privada, certamente, seria alvo de bullying, a
violência gratuita e sistemática de que tanto se fala nos meios de comunicação
em massa, fato que ocorre não só no Brasil como também em todos o mundo. Sem
dúvida, atitudes de bullying resultam não só o baixo rendimento, mas também a
evasão escolar, o que se dá quando educadores se atentam apenas ao conteúdo
programático a ser ministrado em sala de aula. Mas não há que se negar: quando
o assunto envolve “comportamento”, a Educação deve ser priorizada, em caráter
de urgência-urgentíssima.
Nesse sentido, com a permissão das vozes mais ouvidas e respeitadas, levamos
em conta, e com muita veemência, a tese de que o bullying seja,
incontestavelmente, prejudicial a todos os envolvidos, e que, por esse motivo,
deva, obviamente, ser erradicado. Pesquisas recentes, feitas por institutos da
mais alta confiabilidade, registram que 60% dos jovens entre 14 a 19 anos já
sofreram bullying na escola; 47% dos casos resultaram mortes. Estudiosos
destacam ainda que, não raras vezes, os atores do bullying, quais sejam
agressor, vítima e testemunha, têm baixo desempenho escolar. Com isso, a
vítima, desequilibrada emocional e fisicamente, tende a abandonar a escola.
Entretanto, não se pode esquecer os cuidados também necessários ao agressor,
uma vez que as atitudes de bullying revelam fragilidade emocional, baixa
autoestima e alto nível de sofrimento psíquico.