Imagine que, lendo a revista Comportamento & Etcétera, a matéria sobre Reality Shows tenha chamado sua atenção. (Por que será?) Ao final da leitura, você decide escrever uma CARTA DO LEITOR, endereçada ao editor da revista.
Nessa carta, a partir de suas percepções a respeito do assunto, você deverá dizer em que medida concorda (ou não) com o posicionamento do autor da matéria, Gustavo Fechus.
Leia com atenção todas as instruções:
. Se for o caso, dê um título para sua redação. Esse título deverá deixar claro o aspecto da situação que você pretende abordar.
. Se a estrutura do gênero exigir assinatura, escreva, no lugar da assinatura, JOSÉ ou JOSEFA.
. Em hipótese nenhuma escreva seu nome, nem pseudônimo, nem apelido.
. Utilize trechos dos textos motivadores, parafraseando-os.
. Não copie trechos dos textos motivadores.
Leia atentamente matéria a seguir:
Só uma espiadinha
Por Gustavo Fechus
Há os que assistem. Há os que não assistem. Há ainda os que assistem e não assumem que assistem. Entre tantas situações, o fato é que os reality shows já fazem parte da cultura televisiva do Brasil. Mais do que atacar e defender, é preciso entender esse fenômeno como um comportamento social.
George Orwell, em seu livro “1984”, já profetizava, no terreno ficcional, um acontecimento que se materializaria, anos depois, na realidade: a metáfora do Grande Irmão, àquela época, soava futurista e fantasiosa. Uma sociedade em que tudo e todos eram vigiados parecia, então, muito distante da realidade. Hoje, com o olhar favorecido pelo tempo, é possível observar que as pessoas, dentro e fora da televisão, vivem, de certo modo, seus próprios reality shows.
Por que, então, acirram-se tanto as discussões sobre os programas que confinam pessoas, exibem seus corpos e popularizam suas relações? Ora, se a vida do cidadão comum, em diversas ocasiões de seu cotidiano, também é vigiada por um número cada vez maior de câmeras de segurança, de paus de selfie e de redes sociais, parece excessivo eleger o reality show como o bode expiatório da degradação moral brasileira. Mais justo seria repartir as responsabilidades: que se distribua, afinal, a cada um, sua merecida dose de culpa. Hipocrisia eletiva tem limite.
Assim, mais do que procurar culpados e atribuir responsabilidades às emissoras de televisão, cabe às famílias, dentro das quatro paredes, mudar de canal, fazer escolhas e decidir a que tipo de conteúdo quer se expor. Educar os filhos, afinal, também significa assumir o controle remoto.