MODELO ENEM - PROPAGANDAS SEXISTAS E OBJETIFICAÇÃO DA MULHER
ENEM
OBJETIFICAÇÃO DA MULHER
MODELO ENEM
ID: ELE
Texto I
Estima-se que as pessoas vejam até 5.000 anúncios e comerciais por dia,
muitos dos quais apresentam as mulheres de maneira que as converte em objetos
sexuais. Há exemplos altamente ofensivos, como os infames comerciais da Carl’s
Jr., e outros mais sutis, como os anúncios da American Apparel que sexualizavam
uma modelo de camisa unissex, enquanto um modelo homem usava a mesma camisa
abotoada até em cima. (...) Estudos sugerem que, quando mulheres são expostas a
esse tipo de anúncio (...), podem interiorizar o valor que é atribuído à sua
aparência, e isso pode levá-las a sentirem-se insatisfeitas com seus próprios corpos, conduzindo-as à baixa autoestima, a transtornos alimentares e à depressão.
Skol assume passado machista e ressalta a importância de evoluir
Sk
“Já faz alguns anos
que algumas imagens do passado não nos representam mais.” (...) Em uma postura
pouco comum no universo da publicidade, a marca da Ambev decidiu olhar com
franqueza para seu passado e assumir publicamente que, por muito tempo, não
tratou – e nem representou as mulheres – em suas campanhas da forma devida. “O
que a sociedade espera hoje, em âmbito geral, é a verdade, tanto por parte dos
políticos, quanto das empresas e também das próprias pessoas. Acreditamos que
esse era o momento ideal para fazer essa análise e mostrar ao público que
erramos, sim, mas que esse pensamento já faz parte do passado”, confessa Theo
Rocha, diretor de criação da F/Nazca, agência de publicidade da Skol.
Em
toda a esfera publicitária e mercadológica, a figura feminina é usada de forma
submissa. Propagandas de cerveja, produtos de limpeza, propagandas de carro e
até mesmo de comida. Em pesquisas recentes, feitas pelos Institutos Patrícia
Galvão e Data Popular, 84% dos respondentes concordam que o corpo da mulher é
usado para a venda de produtos nas propagandas de TV e 58% entendem que a
mulher é representada como objeto sexual nessas campanhas. A grande
consequência da perpetuação do uso da figura feminina nessas diversas situações
é “auto-objetificação”, mulheres que vivem em ambientes de objetificação tendem
a se auto-objetificar e também a objetificar outras mulheres, sofrendo, assim,
danos de autoestima e de socialização. A mídia objetifica meninas e mulheres,
cria ideais de masculinidade danosos para os homens e ainda sustenta o padrão
social “machista”. Combater essa objetificação é mostrar para as mulheres que
elas são indivíduos completos e capazes, que podem ser muito mais do que
objetos de prazer masculino.
O
Estado do Rio sancionou nesta quarta-feira (10) lei que proíbe a veiculação de
propaganda "misógina (que represente aversão à mulher), sexista ou
estimuladora de agressão e violência sexual". (...) As multas às empresas
sediadas no Rio que façam esse tipo de propaganda variam de R$ 33 mil a R$ 658
mil. Empresas reincidentes pagam o dobro: cerca de R$ 1,3 milhão. O texto cita
como proibição a "exposição, divulgação ou estímulo ao estupro e à
violência contra as mulheres", além de "fomento à misoginia (ou seja,
que represente aversão à mulher) e ao sexismo". A restrição é válida para
outdoor, folheto, cartaz, rádio, televisão ou rede social.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A QUESTÃO DAS PROPAGANDAS SEXISTAS E A OBJETIFICAÇÃO DA MULHER NO BRASIL”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.