A
partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios
no combate à fuga de cérebros no Brasil”, apresentando proposta de
intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione,
de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de
vista.
TEXTO
I
Fuga
de cérebros: os doutores que preferiram deixar o Brasil para continuar
pesquisas em outro país
Os
jovens pesquisadores brasileiros Bianca Ott Andrade, Eduardo Farias Sanches,
Gustavo Requena Santos e Renata Leonhardt têm mais em comum do que apenas o
pouco tempo de carreira e a nacionalidade.
Todos
são doutores recentes e resolveram deixar o país em busca de melhores
oportunidades para desenvolver seu trabalho em um ambiente mais favorável à
ciência. Eles seguem uma tendência, não registrada nas estatísticas oficiais,
mas que aparece nos muitos relatos de migração de talentos para outros países,
que vem aumentando, conforme pesquisadores chefes de grupos no país e jovens
que foram embora, ouvidos pela BBC Brasil. Uma espécie de diáspora de cérebros,
que vem preocupando a comunidade científica nacional, por causa das
consequências disso para o desenvolvimento do Brasil.
A
pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas
(NEPP), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), está iniciando uma
pesquisa que tentará entender as trajetórias de migração da diáspora brasileira
de Ciência, Tecnologia e Inovação e também as motivações e locais de inserção.
“Entretanto, não há fontes de dados sistemáticas que permitam mensurar o
tamanho deste fenômeno, pois é necessário ter informações sobre a saída, local
de estabelecimento, tipo de inserção profissional e perfil sociodemográfico,
especialmente a escolaridade”, explica.
TEXTO
II
Os
obstáculos para a prática da ciência no Brasil impulsionam o brain drain –
expressão em inglês que significa a saída de cientistas de um país para
trabalhar em instituições estrangeiras. E a tendência é que a fuga de cérebros
aumente. Recentemente, uma das pesquisadoras brasileiras de maior destaque
mundial, a neurocientista Suzana Herculano-Houzel, deu adeus ao país. Ela
trocou o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ) pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos. Em carta,
disse “ter-se cansado do ambiente que incentiva a mediocridade”. “A ciência
brasileira está agonizante”, escreveu ela na revista Piauí.
Principal
autora de uma das raras pesquisas brasileiras divulgadas na revista Science,
ela diz que existe uma penúria tão grande no país que ela já precisou tirar
dinheiro do próprio bolso para bancar suas pesquisas. “Todo o establishment
(sociedade) científico do Brasil está dominado por uma visão anacrônica que
desestimula inovação, desperdiça recursos e não dá esperança a uma geração
talentosa de pesquisadores que está deixando o país em massa, em busca de oportunidades
melhores”, afirmou. Para Suzana, mudanças profundas são urgentes, uma vez que
sem ciência de ponta não há saída para a crise.
TEXTO
III
Disponível
em:
<https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/05/07/vergonha-dosbrasileiros-fuga-de-cerebros/>.
Acesso em: 2 fev. 2020.
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