A quantidade de famílias sem um imóvel próprio para
morar frente ao total de moradias existentes no Brasil caiu para o menor
patamar da história, em 2023. O chamado déficit habitacional relativo passou de
10,2% para 7,6% entre 2009, ano da criação do programa Minha Casa Minha Vida
(MCMV), e 2023, quando essa política habitacional foi retomada. Os dados são da
Fundação João Pinheiro (FJP), que produziu pesquisa recente para o Ministério
das Cidades. Os números refletem apenas o início das entregas realizadas desde
2023, no âmbito na retomada do MCMV e que superam o total de 1,7 milhão
unidades contratadas, reforçando o acerto da política habitacional da gestão
atual.
Em
18/09/2025. Disponível em: https://www.gov.br/cidades/pt-br/assuntos/noticias-1/noticia-mcid-n-1583.
Acesso em 22 out.2025.
Texto III
Tanto a Declaração
Universal dos Direitos Humanos quanto a Constituição Brasileira reconhecem que
moradia é um direito fundamental do cidadão. Mas essa não é a realidade de
milhares de brasileiros que moram em favelas, cortiços e comunidades carentes,
sem saneamento básico, nem eletricidade. Entre os problemas sociais
relacionados à falta de moradia estão a exclusão social, o desemprego e a
violência. Na maioria das favelas, traficantes aproveitam a ausência do Estado
para criar facções criminosas que cooptam e coagem as comunidades. Há ainda
conflitos de natureza social e política envolvendo movimentos como os sem-terra
e os sem-teto.
SALATIEL, José Renato. Disponível em: https://vestibular.uol.com.br/resumo-das-disciplinas/atualidades/deficit-habitacional-brasil-precisa-de-quase-8-milhoes-de-moradias.htm.
Acesso em 22 out.2025. Adaptado.
Texto IV
Há muito tempo se
convencionou dizer que o Brasil tem “déficit habitacional”. A expressão voltou
às manchetes, em razão do desmoronamento, no centro de são Paulo, de um prédio
que abrigava quase 150 famílias de sem-teto. Segundo se diz, essas pessoas, bem
como os outros milhares que vivem nas ruas ou então em condições insalubres e
perigosas nas chamadas “ocupações” de prédios vazios nas grandes cidades do
país, não têm onde morar porque não há casas suficientes para todos. Mas isso
simplesmente não é verdade. O que lhes falta é dinheiro para pagar o que se
pede no mercado imobiliário, mesmo em regiões afastadas do centro. O correto seria
falar em “déficit de renda”. Pode parecer mera questão semântica, mas não é.
Quando se considera que há “déficit habitacional” onde não existe, demanda-se a
adoção de políticas públicas que são custosas e equivocadas. Todos os
candidatos a prefeito, a governador e a presidente costumam prometer a
construção de milhões de casas para acabar com o tal déficit. Ocioso salientar
que tais empreendimentos, embora não resolvam o problema, têm alto potencial
eleitoreiro.
Disponível em: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,um-falso-problema,70002293847.
Acesso em 22 out.2025. Adaptado.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A questão do déficit habitacional no Brasil do século 21”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.