A inteligência artificial é um ramo de pesquisa da ciência da computação
que busca, por meio de símbolos computacionais, construir mecanismos e/ou
dispositivos que simulem a capacidade do ser humano de pensar, resolver
problemas, ou seja, de ser inteligente. O estudo e desenvolvimento desse ramo
de pesquisa tiveram início na Segunda Guerra Mundial.
“Precisamos da inteligência artificial para
sobreviver como espécie”, diz ao EL PAÍS Nuria Oliver, doutora em Inteligência
Artificial pelo MIT e membro da Real Academia de Engenharia da Espanha. Sem
ela, “não poderemos lidar com muitos dos grandes desafios que enfrentamos, como
a mudança climática, o envelhecimento populacional, com a decorrente
prevalência de doenças crônicas, e a disponibilidade limitada de recursos”.
A Tailândia passou a
utilizar em seus hospitais o "Ninja", um robô médico, para lutar
contra a pandemia do novo coronavírus. Os robôs têm a missão de detectar as
pessoas afetadas pela covid-19, tratar os pacientes e proteger os funcionários
dos hospitais. (...) Os robôs, concebidos para ajudar no cuidado de pacientes
que sofreram acidente vascular cerebral (AVV), foram desviados de sua missão
inicial e destinados a lutar contra a pandemia que já matou quase 9.000 pessoas
no mundo. Os robôs, com tecnologia 4G, podem detectar a temperatura de um caso
suspeito, supervisionar a evolução dos sintomas e permitir aos profissionais da
área da saúde e os pacientes um contato por videoconferência. Em breve, o robô
conseguirá levar comida e medicamentos aos pacientes, além de higienizar os
quartos dos enfermos. O objetivo consiste em evitar o máximo possível o contato
entre os pacientes e os enfermeiros e médicos.
Armas autônomas capazes
de atacar um alvo sem necessidade de intervenção humana; sistemas de análise de
comportamentos capazes de influenciar o voto da sociedade; veículos sem
motorista, vulneráveis a serem hackeados para causar um acidente. A
inteligência artificial, além de representar uma grande oportunidade para a
humanidade, traz consigo uma série de riscos. (...) Os especialistas nesse
campo preveem que haverá quem tente fazer um mau uso dessa ferramenta.
Ainda que a gente fale
pontualmente de inteligência artificial em aplicações específicas, o fato é que
a tecnologia vai influenciar profundamente o mercado de trabalho. Para entender
um pouco como isso deve ocorrer no Brasil, a FGV Projetos fez uma pesquisa a
pedido da Microsoft sobre o assunto. De cara, podemos falar que a implementação
de IA pode causar um desemprego de até 5% entre os menos qualificados nos
próximos 15 anos. (...) Quando o assunto é salário, tem uma boa notícia, mas
acompanhada de uma má. “De modo geral, quanto maior a incorporação de
tecnologia, maior a remuneração, tanto em menos qualificados como em mais
qualificados, porém a tendência é que haja uma desigualdade maior”, disse
Felippe Serigatti, professor da Fundação Getúlio Vargas. (...) Do ponto de
vista de geração de riqueza, a implementação da inteligência artificial
influenciar no PIB em 6,43% no cenário mais avançado. No mais básico, a
variação do PIB seria de 0,64%, e no cenário intermediário, 1,32%.
Publicado em 20-5-2019, disponível em:
https://gizmodo.uol.com.br/impacto-inteligencia-artificial-brasil/
PTexto V
A Inteligência Artificial (IA) avança a passos
largos, tornando-se imperativo refletir sobre como essa revolução pode ser
tanto uma aliada quanto um desafio para a sobrevivência humana. Na saúde, a IA
já demonstra um potencial extraordinário, que em diagnóstico precoce de
doenças, quer na personalização de tratamentos, quer na realização de procedimentos
cirúrgicos com precisão sobre-humana. Essas inovações prometem expandir a
longevidade e qualidade de vida, desenhando um futuro em que máquinas
inteligentes são parceiras indispensáveis na manutenção do bem-estar humano.
Contudo, enquanto celebramos esses avanços, emergem questões éticas complexas:
como garantir que as máquinas atuem de acordo com os princípios éticos da Medicina?;
como assegurar que o acesso a essas tecnologias seja equitativo, de modo a evitar
o aumento das disparidades sociais já existentes? A IA, inegavelmente, tem o
poder de moldar o futuro da saúde, mas é nosso dever, enquanto sociedade, guiar
esse desenvolvimento com um olhar crítico e humanista, assegurando que a
tecnologia sirva a humanidade e não o contrário.
Gislaine
Buosi, educadora.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Em foco: IA e sobrevivência humana”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.