ENCHENTES NO BRASIL
MODELO ENEM
ID: EUE
Texto I
https://www.google.com/search
Texto II
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Texto III
Por que a cidade de São Paulo não consegue evitar as
enchentes frequentes?
Especialistas apontam
problemas de drenagem, de ocupação irregular do solo e de falta de prevenção
A Grande São
Paulo viveu um dia de caos nesta segunda-feira (10/2). Mais uma vez, a
estrutura da cidade não suportou o grande volume de chuvas que atingiu a
região. Houve centenas de pontos de alagamento, ruas e avenidas intransitáveis,
pessoas ilhadas em carros e ônibus. Linhas de trens ficaram paradas, houve
deslizamentos e o transbordamento dos dois principais rios que cortam a capital
paulista, o Pinheiros e o Tietê. (...)
Mas seria a
chuva forte a principal culpada pelas enchentes? Ou a cidade foi planejada e
construída de uma maneira que deixa mais difícil suportar as precipitações? A
BBC News Brasil ouviu urbanistas para entender onde a cidade errou e o que
poderia ser feito para minimizar o problema.
Erros de planejamento
Para Anderson Kazuo
Nakano, professor do Instituto das Cidades da Unifesp, os grandes municípios
brasileiros não foram planejados para "respeitar os ciclos hidrológicos da
natureza": a evaporação da águas e, depois, as precipitações que atingem
as cidades. "O normal seria a água se infiltrar no solo, para depois
desembocar nos córregos e rios, que então correm para o mar. E, assim, o ciclo
recomeçaria", explica. "Quando a chuva chega no espaço urbano, a água
cai sobre no solo impermeável e não consegue se infiltrar. Nossos canais e rios
estão canalizados. Essas águas, em grande quantidade e velocidade, escorrem
para as sarjetas e galerias, que não conseguem suportá-las." Os chamados
piscinões, grandes espaços para represamento da água da chuva, são sempre
citados como obras públicas que podem diminuir as enchentes — só a cidade de
São Paulo tem 32 deles. Para Kazuo, os piscinões hoje "são parte do
problema" e não a solução. "Não adianta você construir uma área de
cimento, cercá-la com grades e esperar que a água vá parar ali. Hoje, os
piscinões acumulam lixo, têm manutenção reduzida e acabam transbordando",
diz. (...)
Por Felipe Souza e Leandro Machado, BBC. Disponível
em: https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2020/02/10/por-que-a-cidade-de-sao-paulo-nao-consegue-evitar-as-enchentes-frequentes.ghtml.
Adaptado.
Texto IV
Porto Alegre tem um sistema anti-enchentes formado
por diques e comportas e criado nos anos 1970, mas ele não deu conta da alta velocidade
com que as águas do Guaíba subiram nos últimos dias, explica o professor do
Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
(UFRGS) Rodrigo Paiva à BBC News Brasil. Segundo ele, como a cidade passou
décadas sem registrar cheias tão significativas como a de 1941, a demanda
popular por melhorias no sistema não era grande. A semana, no entanto, foi de
alertas e debate sobre se essas defesas da cidade eram suficientes, num cenário
de intensificação das chuvas nos últimos anos, que estudos e cientistas
creditam em parte à crise climática global. Aos 252 anos, a capital do Rio
Grande do Sul enfrenta desde 2/5/2024 o maior desastre natural de sua história.
Um volume incomum de chuva decorrente de fatores meteorológicos excepcionais
fez o nível do Lago Guaíba chegar à marca histórica de 5,09 metros, ao meio-dia,
em 4/5/2024. (Até 7/5/2024, havia 85 mortos em decorrência dos fatos.)
ARAÚJO,
Luiz Antônio. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/articles/c72pvj85zddo
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para conter a problemática em torno das enchentes no Brasil”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.