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EM - TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - PANDEMIA E MEIO AMBIENTE

ARTIGO|TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA - EM

PANDEMIA A MEIO AMBIENTE

TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

ID: FMV



texto de divulgação científica
como o próprio nome adianta, é aquele que tem a finalidade de “popularizar a ciência”, ou seja, difundir, ao público leigo/não especializado, descobertas feitas a partir de experimentos/estudos científicos.

No que se refere à estrutura, o texto de divulgação científica é maleável. É preciso focalizar, o quanto possível: o que foi descoberto; quem descobriu; como; quando; onde; para quê – com ênfase não apenas no que foi descoberto, como também na importância da descoberta e nos respectivos impactos sociais.

O texto é escrito em 3.ª pessoa, com linguagem simples. Há título e subtítulo para que, desde o início, seja definido o que se vai divulgar.

Atualmente, a divulgação científica ocorre em praticamente todos os formatos e meios de comunicação: documentários de televisão, revistas de divulgação científica, artigos em periódicos, websites e blogs. Existem, inclusive, canais de televisão dedicados exclusivamente à divulgação científica, tais como Discovery Channel e National Geographic Channel, evidenciando o grande interesse dos meios de comunicação por fazer da ciência um de seus temas centrais.



Leitura:

Átila Iamarino, especialista em microbiologia e virologia, é um dos inúmeros intérpretes da realidade que vem alimentando o diálogo com este novo paradigma que se apresenta à Humanidade. (...) O ar que vem sendo contaminado por CO2, causando o aquecimento global, a proliferação de alergias e doenças respiratórias é o mesmo ar usado pelo vírus para se propagar. Uma das características marcantes do novo coronavírus é sua alta capacidade de transmissão pelas vias aéreas. (...) Em algum momento no final de 2019, há indícios de que um animal silvestre na província de Wuhan, na China, tenha entrado em contato com seres humanos e acendido o pavio de uma das maiores revoluções paradigmáticas globais dentre aquelas já presenciadas pelo ser humano. A teoria mais aceita atualmente aponta para os morcegos na origem de tudo. Uma outra hipótese está baseada no fato de que, em geral, os coronavírus (...) precisam de um hospedeiro intermediário para atingir a mutação necessária para infectar humanos. No caso da SARS (Síndrome respiratória aguda grave), por exemplo, essa ponte foi possibilitada por um mamífero chamado civeta. Já a MERS (síndrome respiratória do Oriente Médio), ao que tudo indica, chegou aos seres humanos através dos camelos. Um dos animais que ganhou as manchetes recentemente como possível candidato ao título de hospedeiro intermediário do patógeno, é o pangolim, pequeno mamífero asiático, o animal mais traficado no mundo.

O coronavírus é o nosso futuro

Existe um consenso entre os cientistas: uma pandemia como a que estamos vivendo está sendo prevista já há algum tempo e também que, ao que tudo indica, ela não será a última, nem a mais grave. “Não é uma situação de ‘se’ haverá uma epidemia de um desses coronavírus mas de quando e como nós estaremos preparados para enfrentar”, sentenciou em 2015 o virologista Ralph Baric, da Universidade da Carolina do Norte, especializado nesse tipo de vírus. Cientistas como Atila Iamarino e a especialista em saúde global Alanna Shaikh, alertam ainda para o fato – e não possibilidade –  de que,  daqui para a frente, pandemias como a da Covid-19 e outras mais graves passem a se tornar regra e não exceção. “Vivemos num mundo mais conectado, mais empilhado, com mais pessoas vulneráveis. Quase toda doença saltou de animais para as pessoas e as condições da vida moderna propiciam a transmissão de vírus. (...) Em uma conferência para o TED, em março de 2020, Alanna Shaikh lembrou que os coronavírus são zoonóticos, ou seja, transmitidos de animais para pessoas, e que alguns deles, como a Covid-19, também são transferidos de pessoa para pessoa. (...) A especialista explicou ainda que é muito difícil erradicar doenças zoonóticas, porque têm um hospedeiro animal. Ela cita como exemplo a gripe aviária, que pode até ser abolida de animais criados em fazendas, mas continua retornando todos os anos trazida por pássaros selvagens. “Não ouvimos falar muito dela pois não é transmitida de pessoa para pessoa, mas temos surtos em granjas todos os anos no mundo todo”, completa. “Este não é o último grande surto que vamos presenciar, haverá mais surtos e epidemias. Isso não é uma probabilidade; é um fato. É o resultado de como nós, seres humanos, interagimos com nosso planeta”, alerta Shaikh. A especialista em sistemas de saúde explica que parte disso se explica pelas mudanças climáticas e pelo fato de que o calor torna o mundo mais favorável a vírus e bactérias. Ainda segundo Shaikh, a frequência desses surtos também diz respeito ao modo como a humanidade tem invadido os últimos lugares selvagens do planeta. “Quando queimamos e devastamos a floresta tropical amazônica para poder ter solo barato para a pecuária, quando a última mata africana é convertida em fazendas, quando animais selvagens são caçados até a extinção, os seres humanos entram em contato com populações selvagens com as quais nunca tiveram contato antes, e essas populações têm novos tipos de doenças: bactérias, vírus, coisas para as quais não estamos preparados. Enquanto continuarmos a tornar nossos lugares remotos menos remotos, os surtos continuarão chegando”, explica. 

https://www.hypeness.com.br/2020/06/coronavirus-uma-janela-para-outros-mundos-colapso-climatico-na-raiz-do-problema-parte-1/, com ajustes

COMANDO: A partir de material de apoio, você deverá escrever um TEXTO DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA em que fique claro aos leitores da terceira idade qual a relação entre a pandemia da Covid-19 e a falta de preservação ambiental. Escreva, aproximadamente, 20 linhas.

Não se esqueça: o texto de divulgação científica deve ter vocabulário acessível, uma vez que é o canal para a “popularização da ciência”.

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