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EF - RESENHA CRÍTICA - A MEGERA DOMADA - SHAKESPEARE

RESENHA - EF ANOS FINAIS

A MEGERA DOMADA - SHAKESPEARE

RESENHA CRÍTICA

ID: FY6




 https://twitter.com/a_megera_domada/photo


SEGUNDO ATO

(PÁDUA. APOSENTO EM CASA DE BATISTA. ENTRAM CATARINA E BIANCA.)

BIANCA: Querida irmã, não me torture fazendo-me de criada e de escrava. Isso me humilha. Quanto aos enfeites, porém, solta minhas mãos que eu mesma os tirarei, sim, minhas roupas todas, até a anágua. Isto, e tudo mais que ordenar, pois sei bem meus deveres para com os mais velhos.

CATARINA: Pois ordeno que me digas; de todos teus pretendentes, qual é o teu preferido? E não me vem com fingimentos.

BIANCA: Creia-me, irmã, de todos os homens deste mundo ainda não conheci um, cujo rosto eu preferisse ao rosto de outro homem.

CATARINA: Mentirosa engraçadinha! Não é Hortênsio?

BIANCA: Se gostas dele, irmã, eu juro interceder e fazer tudo para que o conquistes.

CATARINA: Ah, talvez então prefiras um rico. Quem sabe Grêmio, que te conservará em ouro?

BIANCA: É ele que te causa inveja? Ah, não, percebo que tu zombas; e tens zombado de mim o tempo todo. Por favor, irmã Cata, solta minhas mãos.

CATARINA: Se isto é zombaria, tudo o mais também. (BATE NELA. ENTRA BATISTA) 

https://cultura.ma.gov.br/wp-content/uploads/2019/11/A-MEGERA-DOMADA-WILLIAM-SHAKESPEARE.pdf

***

A primeira coisa que se deve ter em mente ao começar a ler esta peça é: vista o pensamento da época em que ela foi escrita. No século XVI uma mulher, especialmente da alta sociedade, para ser considerada virtuosa deveria ser calma, paciente e obediente ao pai e ao marido. Então vir com pensamento de “abaixo ao patriarcado” e “viva o feminismo” não vai funcionar para te fazer desfrutar dessa divertida comédia.

https://lequeliterario.wordpress.com/2016/09/22/resenha-a-megera-domada-agoravaishakespeare/

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No contexto renascentista, a Megera era a mulher de gênio forte e língua afiada, alguém à frente do seu tempo por questionar as atitudes dos homens e se colocar claramente contra certas imposições sociais. (...) A figura da mulher como Megera era um símbolo comum na sociedade em que Shakespeare viveu (...) – aí apareceram as bruxas, as condenações à fogueira e cada vez mais a mulher era posta como uma persona de pouca ou menor importância. 

https://www.planocritico.com/critica-a-megera-domada-1967/



CONTEXTUALIZAÇÃO: Imagine que você seja um crítico de teatro, e que tenha assistido a uma adaptação da obra “A megera domada”, de William Shakespeare (1564-1616), poeta, dramaturgo e ator inglês, tido como o maior escritor do idioma inglês e o mais influente dramaturgo do mundo.


COMANDO: Escreva uma RESENHA CRÍTICA a respeito do espetáculo teatral a que você assistiu, cujo texto será postado em seu blog.



Você já sabe, mas não custa lembrar...

RESENHA CRÍTICA é uma abordagem analítica acerca de um objeto cultural: um poema, um livro, uma apresentação de balé, uma exposição de arte, uma partida de futebol etc.


Criticar é "falar mal"?
Abordar criticamente é opinar, é apresentar problemas e qualidades, pontos negativos e positivos que o resenhista julgar importante destacar. Portanto, a RESENHA não deve apenas apontar falhas (quando houver), mas deve também tecer elogios, pontos fortes da obra analisada. É muito comum jornais de grande circulação veicularem lançamento de livros, e, para tanto, o trabalho do resenhista é indispensável – a RESENHA tem a finalidade de apresentar determinada obra.


Como fazer?
A boa RESENHA, além de fornecer uma síntese do assunto, apresenta o maior número de informações sobre o trabalho – fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de algumas relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente – esse é o objetivo da resenha: orientar o público consumidor daquele objeto cultural.


Imaginemos, por exemplo, a resenha de um livro - ela deve contemplar:

1) Breve apresentação do autor - nome, data e local do nascimento, da morte, formação acadêmica etc.;
2) Apresentação da obra - título, gênero, ano da publicação etc.;
3) Avaliação crítica da obra – a composição do enredo, a contextualização, a originalidade e o caráter atual (ou não) do trabalho etc.;
4) Outras impressões do resenhista;
5) Aconselhamento do resenhista acerca daquela leitura – é recomendada?; a que tipo de público-leitor?; por quê?

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