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EFAF - CONTO - AS SOBREMESAS

CONTO - EF ANOS FINAIS

MEMÓRIAS PÓSTUMAS DE BRÁS CUBAS

RELEITURA - CONTO

AS SOBREMESAS

ID: FLC


RELEITURA é a apropriação de uma referência artística ou literária com um determinado propósito: recriar, reconstruir, a fim de que a reconstrução, logicamente, dialogue com a peça-referência.

A releitura é um texto “espelhado”. E não se pode negar: a recriação exige sensibilidade, técnica e muita criatividade!

A obra, base para a proposta dessa releitura, é “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do autor brasileiro Machado de Assis. (“Póstumo” é aquilo que acontece depois da morte de alguém.) O enredo traz a personagem Brás Cubas, um defunto que resolve escrever suas memórias. Que incrível! Brás nos conta que foi um menino muito traquinas, quer dizer, travesso, arteiro – e, claro, deixa registradas muitas de suas traquinagens.

E então? Gostou do spoiler? Que tal lermos a obra? Que tal escrever mais um episódio de “Memórias Póstumas de Brás Cubas? Abaixo, sua proposta de trabalho: a redação de um CONTO.


CONTEXTUALIZAÇÃO: Leia um trecho do capítulo intitulado “Um episódio de 1814”, com nossas adaptações. Nesse trecho, a família Cubas oferece um almoço a muitos convidados, entre os quais o Dr. Vilaça, um advogado que desanda a fazer versos, enquanto o menino olha a mesa de sobremesas. Dr. Vilaça não para de falar, e o menino está impaciente: “A que horas serão servidas as sobremesas?” 

“Quanto a mim, lá estava namorando certo doce da minha paixão. No fim de cada estrofe do Dr. Vilaça, eu achava que fosse a última, mas não era, e as sobremesas continuavam intactas. Perdi a paciência. Pedi o doce em voz baixa. Depois berrei, bati com os pés. Meu pai, que seria capaz de me dar o sol, se eu lhe pedisse, chamou a ajudante para me servir o doce. Mas era tarde: minha mãe já havia me levado para o quarto.”


COMANDO: Você deverá imaginar-se o menino Brás Cubas, e depois da cena que acabamos de ler, escrever um episódio em que você tenha uma estratégia para que o Dr. Vilaça pare de recitar os versos e, enfim, as sobremesas sejam servidas. Não se esqueça: o enredo se passa em 1814, época em que não havia smartphone, nem videogame, nem outro eletroeletrônico que os meninos de hoje têm.

Pense, levante hipóteses: qual foi a estratégia?; alguém me ajudou?; alguém tentou me impedir?; como tudo aconteceu?; minha mãe ficou brava comigo?, e meu pai? etc. Escreva de 25 a 30 linhas.

Não economize criatividade! Pense em algumas cenas sutilmente cômicas; a comicidade e a ironia são traços marcantes de Machado de Assis.


O que é CONTO?

Você já sabe, mas não custa lembrar...

Contos são narrativas curtas – o escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso pensar em: trama (história), personagens (que agem ao longo da história), tempo (quando acontecem os fatos), narrador (quem conta a história) e espaço (lugar em que acontecem os fatos).

Atenção à estrutura tradicional do conto: apresentação (das personagens, do tempo e do espaço), complicação (envolvimento/ação das personagens), clímax (instante de maior suspense) e desfecho (final da trama).


. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.

. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...

. Até o final de seu conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...

. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados), se os fatos obedecem a uma sequência cronológica e não se atropelam, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, a pontuação, a acentuação gráfica e os plurais estão corretos.  

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