A violência na escola, tanto física quanto psicológica, está aumentando
consideravelmente e ganhando destaque na mídia. É considerado bullying: chutar,
zoar, bater, ameaçar e várias outras maneiras de humilhação. Essa situação é
muito preocupante para toda a sociedade. O que fazer? O bullying é tão antigo
quanto e existência da escola. Infelizmente, ele acontece em todo o mundo. A
situação é preocupante, muitos alunos sofrem violência por serem diferentes,
mas é claro que o problema não está nessas pessoas e sim nos que se sentem
superiores, poderosos. Parte dos alunos que sofreram bullying também o pratica. Muitos sofrem calados e se tornam adultos agressivos; é aquela velha
história: "violência gera violência". Outros, além de não procurarem
ajuda, acabam se isolando tanto e sentem-se tão humilhados que chegam a cometer
suicídio. Baixa autoestima, medo, angústia, diminuição no rendimento escolar,
aumento do pedido de dinheiro aos pais, recusa em ir à escola são algumas consequências
do bullying, e podem refletir em toda a sociedade. Os agressores têm grandes
chances de se tornarem adultos revoltados, criminosos e até mesmo criarem uma
gangue perigosa.
O outro lado do bullying: Por si só, o bullying
representa as disputas históricas das quais todos ouvimos falar e, mais
importante, configura um rito de passagem para as crianças que há pouco saíram
do colo da mãe. Em outras palavras, o bullying funciona como um
instrumento formador de caráter necessário para que as crianças de hoje
enfrentem o mercado de trabalho amanhã. (...)
O bullying não é um fenômeno recente - sempre existiu e sempre foi
considerado um problema a ser resolvido pelos envolvidos, isto é, as crianças.
Por que agora, e somente agora, a ação tomou contornos de crime? Será que as
crianças de hoje são menos ingênuas que as de antigamente? Será que a
humanidade, por si só, se tornou mais malévola?
Ao perceber-se livre do colo da mãe e do zelo do pai, e ao começar a
frequentar a escola e a conviver com iguais, a criança percebe que nem tudo
pode ser como ela quer, que a casa é diferente da escola e, ainda que isto soe
trágico, que a vida não é um mar de rosas. Interromper ou intervir nessa
descoberta, tornando tudo mais fácil para a criança e impedindo-a de lidar com
os próprios problemas, pode ser simples e reconfortante, mas acabará,
inevitavelmente, contribuindo para retardar seu amadurecimento e crescimento
pessoal.
STEIN, Daniel
Stein. Disponível em: http://papodehomem.com.br/lado-bom-do-bullying
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um Artigo de Opinião sobre o tema: “Bullying em sala de aula - até quando?” Escreva, aproximadamente, 25 linhas.
O ARTIGO DE OPINIÃO (ou Artigo opinativo, ou, ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo.
Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que é, obviamente, persuasivo: inserido nos grandes periódicos, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do articulista.
São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em informações factuais.
O artigo contém título e assinatura.
A estrutura do artigo de opinião, ainda que maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião, não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.