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EFAF - CONTO POPULAR - MAIS UMA HISTÓRIA DE PEDRO MALAZARTES

CONTO - EF ANOS FINAIS

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PEDRO MALAZARTES

CONTO POPULAR

ID: EC6


O que é CONTO?

Você já sabe, mas não custa lembrar...

O conto é uma narrativa curta – o escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso criar enredo, narrador, personagens, tempo e espaço. O narrador é quem “conta” o enredo/história.

Atenção à estrutura tradicional do conto: apresentação, complicação, clímax e desfecho.

O CONTO POPULAR (ou TRADICIONAL) é a narrativa passada de geração em geração, sem, contudo, conhecermos o autor – a autoria é atribuída ao povo. A história é modificada, cortada, aumentada à medida que vai sendo repetida, e mantém-se viva graças à memória dos contadores de histórias – pais, avós, tios, professores etc.

De um modo geral, os contos populares falam de costumes, superstições e crenças de personagens comuns (e não de fadas, duendes, nem de criaturas fantásticas); tais personagens nem sempre têm nomes – isso acontece porque, nesses contos, as ações são mais importantes que as personagens, que se tornam representativas de segmentos sociais padronizados; é o que chamamos personagem-tipo: o vilão, a mocinha, o mordomo etc.

Embora sejam narrados no passado, nos contos populares, o espaço e a nacionalidade das personagens, por vezes, não são determinados – aliás, a universalidade é característica dos contos populares. A personagem-tipo Pedro Malazartes, que se consagrou como um caipira espertalhão, não é particularidade da cultura/literatura de um determinado país; daí o caráter universal. Malazartes é conhecido em países como Espanha e Portugal.

As situações também são atemporais – quer dizer, as personagens-tipo transitam no tempo, sem necessariamente pertencer ao passado, ao futuro ou mesmo ao presente.

Autores contemporâneos costumam escrever seus próprios episódios, a partir de personagens-tipo. É o caso de tantos enredos em que surge a MADRASTA, personagem tradicionalmente conhecida por ser muito malvada com as enteadas.

Anota-se ainda que muito se engana quem acredita que contos populares destinam-se apenas à leitura das crianças. Não! Por meio de um conto popular, é possível extrair regras de comportamento, advertências, conselhos etc., dado o caráter simbólico do gênero, que, sem dúvida, diz mais do que parece dizer.


COMANDO: Você deverá desenvolver um conto popular a partir do fragmento abaixo:

    Havia tempos, o muro da casa do caipira Pedro Malazartes precisava de reparo e pintura. Porém, alguns galhos do abacateiro da vizinha estavam dentro do terreno do caipira, de modo que ele não podia reparar o muro, sem, antes, podar os galhos. Além disso, os galhos estavam forrados de abacates.

    — Dona, se a senhora me permite, eu queria podar uns galhos do abacateiro da senhora que estão aqui dentro do meu terreno! Uns galhinhos só!

    — De jeito nenhum, Seu Malazartes!


SUPER DICAS:

. Esteja certo de que ninguém pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.

. Não tenha preguiça de escrever e reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo...

. Até o final de seu conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?, quando?, por quê?, e então...

. Antes de entregar sua produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os parágrafos estão bem ligados, se as ideias estão numa sequência cronológica e não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia, as regras de acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão corretos.