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EFAF - CONTO POPULAR - A MADRASTA DA RUA QUINZE
CONTO - EF ANOS FINAIS
A MADRASTA DA RUA QUINZE
CONTO POPULAR
ID: EC4
O que é CONTO?
Você já sabe, mas não custa lembrar...
O conto é uma narrativa curta – o
escolar tem, aproximadamente, trinta linhas. É preciso criar enredo, narrador, personagens,
tempo e espaço. O narrador é quem “conta” o enredo/história.
Atenção à estrutura tradicional do
conto: apresentação, complicação, clímax e desfecho.
O CONTO POPULAR (ou TRADICIONAL) é a
narrativa passada de geração em geração, sem, contudo, conhecermos o autor – a
autoria é atribuída ao povo. A história é modificada, cortada, aumentada à
medida que vai sendo repetida, e mantém-se viva graças à memória dos contadores
de histórias – pais, avós, tios, professores etc.
De
um modo geral, os contos populares falam de costumes, superstições e crenças de
personagens comuns (e não de fadas, duendes, nem de criaturas fantásticas);
tais personagens nem sempre têm nomes – isso acontece porque, nesses contos, as
ações são mais importantes que as personagens, que se tornam representativas de
segmentos sociais padronizados; é o que chamamos personagem-tipo: o vilão, a
mocinha, o mordomo etc.
Embora
sejam narrados no passado, nos contos populares, o espaço e a nacionalidade das
personagens, por vezes, não são determinados – aliás, a universalidade é
característica dos contos populares. A personagem-tipo Pedro Malazartes, que se
consagrou como um caipira espertalhão, não é particularidade da
cultura/literatura de um determinado país; daí o caráter universal. Malazartes
é conhecido em países como Espanha e Portugal.
As
situações também são atemporais – quer dizer, as personagens-tipo transitam no
tempo, sem necessariamente pertencer ao passado, ao futuro ou mesmo ao
presente.
Autores
contemporâneos costumam escrever seus próprios episódios, a partir de
personagens-tipo. É o caso de tantos enredos em que surge a MADRASTA,
personagem tradicionalmente conhecida por ser muito malvada com as enteadas, o
PESCADOR (personagem mentiroso) etc.
Anota-se
ainda que muito se engana quem acredita que contos populares se destinam apenas
à leitura das crianças. Não! Por meio de um conto popular, é possível extrair
regras de comportamento, advertências, conselhos etc., dado o caráter simbólico
do gênero, que, sem dúvida, diz mais do que parece dizer.
***
COMANDO: Você deverá desenvolver um conto popular a partir do
fragmento abaixo:
O jardineiro já não trabalhava com a alegria de quando
as duas crianças brincavam de esconder entre as árvores. Até os vizinhos
estavam tristes, porque, depois que o viúvo Bianor se casou com Adelaide (a mulher
perversa da rua Quinze), Anita e Duda
nunca mais foram vistos. Só se ouvia o choro dessas pobres crianças.
SUPER DICAS:
. Esteja certo de que ninguém
pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
. Não tenha preguiça de escrever e
reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro,
muito, muito melhor do que o segundo...
. Até o final de seu
conto, o leitor pretenderá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?,
quando?, por quê?, e então...
. Antes de entregar sua
produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a
autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os
parágrafos estão bem ligados, se as ideias estão numa sequência cronológica e
não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia,
as regras de acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão corretos.