O
CONTO DE HUMOR, como
o próprio nome antecipa, é a narrativa em que escritor compõe cenas engraçadas,
surpreendentes, e, muitas vezes, o leitor identifica-se com elas, porque são
situações comuns, extraídas do cotidiano, capazes de render textos agradáveis e
engraçados.
IMPORTANTE:
CONTOS DE HUMOR NÃO SÃO PIADAS! O HUMOR É LEVE E REFINADO!
Atenção
à estrutura tradicional do conto: apresentação das personagens, situando-as no
tempo e no espaço; complicação (o que aconteceu?); clímax (momento de maior
suspense) e desfecho (final da trama).
Leia
o trecho a seguir, de Gislaine Buosi, que, valendo-se de uma situação
cotidiana, escreveu um texto bem-humorado. Observe também a escolha de
vocabulário simples, próprio para uma leitura rápida:
Dona Marisa não sabia que não sabia
pilotar motocicleta. Naquele dia, a diretora da escola mandou chamá-la. “Hummm...
Talvez o meu caçula tenha aprontado alguma das suas, ou talvez esteja com
febre, ou, quem sabe?, entornou o guaraná na camiseta do uniforme, ou, Deus do
céu!, caiu e quebrou o braço...”. À falta de outra condução, a motocicleta como
que acenava a ela. Foi então que resolveu: montou, deu a partida, dobrou o
descanso e... Para encurtar a cena, a motocicleta chegou bem antes que Dona
Marisa à escola. A mocinha do ambulatório socorreu a pobre mulher: “Dona
Marisa, a senhora está com o braço quebrado!”
***
CONTEXTUALIZAÇÃO: O texto
não verbal acima, de Tarsila do Amaral, intitula-se "Operários". Há ali
retratada uma equipe de operários, talvez, no final do expediente de trabalho.
Repare em cada rosto – não há expressão de riso e, ao que parece, todos estão cansados. Imagine que você seja um dos operários, e resolva convidar seus colegas de serviço para jantarem em sua casa. Imagine, ainda, que, enquanto você esteja preparando o jantar, acabe a energia elétrica. Imagine mais, mais...
COMANDO: A partir do contexto, escreva um CONTO DE HUMOR, de aproximadamente 30 linhas.
SUPER DICAS:
. Esteja certo de que ninguém
pensaria naquilo em que você pensou – isso é ser original.
. Não tenha preguiça de escrever e
reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro,
muito, muito melhor do que o segundo...
. Até o final de seu
conto, o leitor pretenderá encontrar respostas para: o quê?, quem?, como?,
quando?, por quê?, e então...
. Antes de entregar sua
produção textual ao corretor, releia o que escreveu, faça a autocrítica e a
autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido, se as frases e os
parágrafos estão bem ligados, se as ideias estão numa sequência cronológica e
não se embaralham, se não há repetições nem sobra de palavras, se a ortografia,
as regras de acentuação gráfica, a pontuação e os plurais estão corretos.