Prazer, sucesso, felicidade, alívio. Todas essas sensações costumam surgir como consequência da realização de um objetivo ou meta. No entanto, são também esses sentimentos que costumam respaldar o (...) consumismo, modo de vida orientado para uma crescente propensão ao consumo de bens e serviços, em geral, supérfluos. (...) O jovem é especialmente suscetível aos apelos do consumismo. As mídias, tanto as mais antigas, como revistas, jornais, televisão, quanto as novas, difundidas pela internet, incluindo as mídias sociais, mostram propagandas de todos os tipos de produtos. Além disso, os blogs apresentam modos de vida considerados “desejáveis” pelos seus desenvolvedores, que ganham para mostrar certos produtos. O aval desses formadores de opinião tornou-se extremamente importante para os jovens que querem projetar uma determinada imagem.
Por isso, tanto a moda adotada pelo grupo ao qual deseja pertencer, quanto o grupo em si, são importantes na formação desses valores consumistas. [...]
Hoje, os pais, mais ausentes, tentam recompensar essa falta de tempo compartilhado com itens de consumo. A família deveria ser o primeiro lugar de aprendizado do consumo consciente. É evidente que crianças e mesmo os adolescentes mais jovens não têm o autocontrole suficiente para frustrar seus desejos de consumo. Caberia aos adultos responsáveis da família discutir o que são as necessidades de sobrevivência e o que é supérfluo (...).
https://www.cartacapital.com.br/educacao/o-jovem-e-especialmente-suscetivel-aos-apelos-do-consumismo/, com adaptações
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e
com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um ARTIGO
DE OPINIÃO, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “A CULTURA DO CONSUMISMO ENTRE OS JOVENS DO SÉCULO 21”.
***
ARTIGO
DE OPINIÃO (ou Artigo Opinativo, ou, ainda, Texto de Opinião), como o próprio
nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de
algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do
tipo dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que
é, obviamente, persuasivo: inserido nos grandes periódicos, é um serviço
prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da importância
do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento do
articulista.
São
comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia – tudo baseado em
informações factuais. No artigo, é preciso conjugar as seguintes funções da
linguagem: referencial (informação, na parte introdutória), emotiva (criticidade,
no desenvolvimento) e conativa (apelo/ordem/aconselhamento ao leitor, na
conclusão).
O artigo, geralmente, é escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do artigo de opinião, ainda que maleável,
procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a
ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa
da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação
do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa:
não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc.,
porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.