O brasileiro precisa ter atenção redobrada com o que
come. Dados da Organização Não-Governamental Amigos da Terra revelam que 30% da
carne brasileira vêm de abate clandestino. No DF, são consumidas pelo menos
duas mil toneladas do produto por semana. Isso significa que cerca de 650
toneladas sem garantia de qualidade podem estar sendo comercializadas na
capital do país, principalmente em feiras, bares e restaurantes. O preço, que
chega a ser 40% mais em conta, garante o sucesso do negócio. Barato,
entretanto, que sai caro, já que o produto é impróprio para o consumo e pode
até matar. Como não pagam impostos e não precisam se atentar às normas de
segurança para abate e manuseio da carne, as empresas clandestinas conseguem
oferecer o produto a um valor mais atrativo. E, levando em consideração os
dados da pesquisa, a fiscalização consegue evitar que muito pouco dessa carga
chegue efetivamente ao consumidor final.
O dia 17 de março de 2017 ficou marcado em todo o
Brasil pela divulgação dos resultados das investigações da Operação Carne
Fraca, da Polícia Federal (PF), que desmantelou inúmeras fraudes em
frigoríficos e empresas da área de alimentos. No esquema, as empresas maquiavam
carnes com prazo de validade vencido com a aplicação de ácidos, reembalavam e
colocavam novamente à venda. Posteriormente, as companhias contavam com a vista
grossa de funcionários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
para a comercialização sem a fiscalização correta. A carne “maquiada” era
repassada ao consumo do mercado nacional e internacional, conforme informações
da Agência Brasil.
A fraude no controle de qualidade de frigoríficos (...),
detectada na terceira fase da Operação Carne Fraca, não oferece risco à saúde
pública, mas "põe em risco" a exportação de carnes do Brasil, segundo
o Ministério da Agricultura. Podem ser afetadas as exportações para 12
destinos, incluindo mercados de peso como União Europeia, China, Rússia e
África do Sul, mas ainda não é possível detalhar o impacto econômico, segundo
Alexandre Campos da Silva, coordenador-geral de inspeção de produtos de origem
animal do ministério.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema: “As fraudes na fiscalização do setor alimentício e os impactos socioeconômicos no Brasil”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.Texto I