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EM - ARTIGO DE OPINIÃO - CYBERBULLYING
ARTIGO DE OPINIÃO - EM
ARTIGO DE OPINIÃO
CYBERBULLYING
ID: EE5
Cyberbullying em jovens no meio escolar
A internet
veio para ficar. Os jovens são os consumidores diários com mais disponibilidade
para estar online e também os mais vulneráveis a riscos e a possíveis danos. Cumprem
online uma das tarefas mais importantes para o seu saudável desenvolvimento: a
socialização. Pertencer a um grupo é imperativo. Estar sempre online é o principal
requisito. E assim vão deambulando entre uma socialização a que chamo de
presencial e digital, isto é, uma socialização mista. Esta é a visão otimista e
glamorosa do retrato da vida dos jovens. O problema surge quando só apostam na
socialização digital (dependência de estar online) e/ou apostam na socialização
digital de forma a causar sofrimento no outro, ter um meio de diversão e tornarem-se
populares (isto é, cyberbullying). […]
O cyberbullying é uma realidade inevitável. Não há
força física, não há medo da descoberta, não há feedback do sofrimento da
vítima, e existem muitos seguidores, uns que estão do lado do agressor, outros
que defendem a vítima e, também, os indiferentes. […] É uma forma de diversão
realizada pelos cyberbullies, que se apresentam como frios e poderosos, com uma
identidade falsa ou, por vezes, fazendo-se passar por incógnitos, e que assim
se tornam muito populares e temidos.
O bullying ganhou uma nova ferramenta de atuação: as
tecnologias de informação e comunicação (...). O cyberbullying surge nas redes
sociais, nas mensagens, nos blogues, no e-mail. Pode surgir de várias formas:
pela passagem de informação ou imagens privadas [...], tornadas acessíveis a
todos, pelo envio repetido de mensagens agressivas e de humilhação, revelando
ou não a identidade, pela exclusão de um determinado grupo e pelo roubo da
identidade, de forma a enviar informação que danifique a reputação.
Tudo fica registado, para sempre. Uma espécie de pegada
digital, com contornos muito negativos e nefastos para as vítimas. Este aspeto
está longe de ser consciencializado pelos jovens. Não têm noção de que o
impacto está para além daquele dia, daquele mês, daquele ano.
Um dos fatores que mais contribuem para a existência
do cyberbullying são as rápidas competências tecnológicas que os jovens
adquirem (...). Há um trabalho importante a fazer com os jovens, os pais e os
professores para cercar o cyberbullying. É muito importante que o jovem tenha
um espaço para falar a respeito do que se está passando e de como está se sentindo
(...). O silêncio é o pior remédio. Mas muitas vezes é aquele que é mais usado.
Faz aumentar o cyberbullying para proporções de sofrimento inimagináveis. As
alterações nos resultados escolares, no comportamento em casa e na escola com
os amigos e na sala de aula são importantes sinais de alarme. Às vezes, o cyberbullying
é a ponta do iceberg, de outras vulnerabilidades que os jovens apresentam:
agressores e vítimas. Todos apresentam características de certa forma
semelhantes, relativas à escassez de apoio familiar e nas dificuldades nas
relações com os pares, uns por maior isolamento, outros por guerrear o poder. Todos
precisam de ajuda!
PATRÃO, Ivone. Cyberbullying em jovens no meio escolar. Diário de
Notícias, 20 nov. 2016. Disponível em:
<http://www.dn.pt/opiniao/opiniaodn/convidados/interior/cyberbullying-em-jovens-no-meio-escolar-5507565.html
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e
com base em seus conhecimentos, redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: “Cyberbullying:
a tecnologia a serviço da agressão.”. Escreva, aproximadamente, 25 linhas.
O ARTIGO DE OPINIÃO (ou
Artigo opinativo, ou, ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é
um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema
polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo
dissertativo.
Dá-se o nome de
articulista àquele que escreve o Artigo. Em grandes jornais e revistas, é um
serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo acerca não só da
importância do tema ali enfrentado, como também da relevância do posicionamento
do articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia –
tudo baseado em informações verdadeiras.
O artigo, geralmente, é
escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do artigo de
opinião, ainda que maleável, procura seguir:
. introdução, com a
apresentação do tema e da tese/da opinião a ser defendida;
. desenvolvimento, com as
argumentações para a defesa da tese/da opinião e
. conclusão, com a
reafirmação da tese/da opinião e a provocação do leitor, encaminhando-o para as
próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as
armadilhas da primeira pessoa: Ainda que você desenvolva um texto de opinião,
não escreva: “eu acho que”; “na minha opinião”; “no meu modo de pensar” etc.,
porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.