ARTIGO DE OPINIÃO
NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO NA TERCEIRA IDADE
ID: E6B
Texto IQuem são, de fato, os idosos
brasileiros? A imagem daquela pessoa fragilizada e indisposta, muito comum no
passado, ainda corresponde à realidade?
De acordo com a pesquisa
“Estilo de vida e Consumo da Terceira Idade 2018”, conduzida pela Confederação
Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo SPC Brasil, muitos dos idosos
brasileiros (...) sentem-se mais sábios, felizes e orgulhosos por suas
realizações: eles acessam a internet com frequência e têm perfis nas redes
sociais para relacionarem-se com outras pessoas e manterem-se bem informados;
preocupam-se com a aparência e a autoestima, cultivam hábitos de lazer, adoram
conviver com amigos e familiares, fazem planos e ainda esperam viver muito mais
(...). O ímpeto de aproveitar a vida, aliás, está relacionado a alguns dos
projetos futuros mais comuns na terceira idade: passar mais tempos com amigos e
familiares e viajar. Ao mesmo tempo, algumas das maiores preocupações nesta etapa
dizem respeito às condições de saúde (...). Entretanto, isso não impede os
idosos de ocuparem seu lugar no mercado de consumo: muitos deles gastam, hoje,
mais com o que gostam do que com aquilo que é considerado essencial. Dentre
seus principais desejos de compra, por exemplo, estão roupas, calçados e
viagens. (...) Assim como qualquer outro consumidor, os brasileiros da
terceira idade querem ser bem atendidos e preocupam-se com o preço e a qualidade
daquilo que pretendem adquirir. A maioria declara ser independente para poder
tomar as próprias decisões de compra e está disposta a gastar mais com itens
pessoais que desejam, ao invés de concentrarem seus gastos em coisas
essenciais. O problema é que nem sempre os idosos encontram as melhores
condições para consumir: seja pela escassez de serviços de entrega de
determinados itens, seja pelo fato de que faltam determinados produtos
destinados a essa faixa etária, além da dificuldade de ler rótulos com letras
pequenas, por exemplo. Excluindo os mantimentos para casa, os produtos que
pretendem adquirir até o fim do ano, os mais mencionados são roupas, calçados,
viagens, perfumes/cosméticos e eletrodomésticos.
file:///C:/Users/Admin/Downloads/SPC-Analise-Terceira_Idade_Estilo-de-Vida-e-Consumo-1.pdf, adaptado
Texto II
A “economia prateada” é
considerada a terceira maior atividade econômica do mundo, indústria que
movimenta US$ 7,1 tri anuais. Nos EUA, esse segmento já representa mais de 25%
do consumo. No Brasil, o público maduro movimenta cerca de R$ 1,6 tri ao ano. De
acordo com o grupo financeiro multinacional Goldman Sachs, se comparado aos
mais jovens — millennials e geração Z — o consumo dos 60+ cresceu três vezes
mais rápido nos últimos dez anos. Ainda assim, 63% dos negócios não posicionam
este público como alvo de suas estratégias. E isso pode ser contraditório:
apesar de essa indústria movimentar a economia, ainda existem poucos produtos e
serviços desenvolvidos e pensados na perspectiva das pessoas mais velhas. E,
por vezes, consomem produtos que são mais ou menos adequados.
De frente com o seu público
Se na oferta de produtos
falta atenção a este público, o mesmo vale nos aspectos de atendimento e
relacionamento: as empresas também estão perdidas nessas estratégias. É preciso
urgentemente que as marcas tenham empatia, pois só isso alinhará esses
processos. (...) Os 60+ ainda são uma novidade para o mercado. Com grandes
oportunidades, basta apenas às empresas entenderem as novas necessidades desse
público mais maduro.
https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/consumidores-com-mais-de-60-anos/
PROPOSTA DE REDAÇÃO: Imagine
que você tenha sido convidado para escrever um ARTIGO DE OPINIÃO para uma
revista de grande circulação nacional, destinada a leitores da terceira idade, sobre
o tema: NOVOS HÁBITOS DE CONSUMO DA TERCEIRA IDADE.
O ARTIGO DE OPINIÃO, como o próprio nome já diz, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo, que é persuasivo - inserido em grandes jornais e revistas, é um serviço prestado ao leitor, com o objetivo de convencê-lo não só a respeito da importância do tema ali enfrentado, como também, e principalmente, da relevância do posicionamento do articulista. São comuns o apelo emotivo, as acusações, o humor, a ironia - tudo baseado em informações factuais.
O texto, geralmente, é escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.
A estrutura do artigo de opinião, ainda que maleável, procura seguir:
. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;
. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e
. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões.
ALERTA! Cuidado com as armadilhas da primeira pessoa: não escreva: "eu acho que"; "na minha opinião"; "no meu modo de pensar" etc., porque essas expressões são consideradas armadilhas da primeira pessoa.