Disponível em: https://www.inteligenciadevida.com.br/pt/conteudo/excesso-de-telas/. Acesso em 20 out.2025.
Texto II
O uso excessivo de telas por crianças tem se tornado
uma preocupação crescente entre educadores e profissionais da saúde, pois
interfere diretamente no desenvolvimento cognitivo infantil. A exposição
prolongada a dispositivos digitais reduz o tempo destinado a brincadeiras,
leituras e interações sociais — atividades essenciais para a construção de
habilidades como atenção, memória e linguagem. Estudos apontam que o excesso de
estímulos visuais e sonoros dificulta a concentração e pode gerar ansiedade e
irritabilidade. Além disso, o contato constante com conteúdos rápidos e
superficiais limita a capacidade de reflexão e raciocínio crítico. Embora a
tecnologia possa ter valor educativo quando bem orientada, o uso descontrolado
compromete o aprendizado e o amadurecimento emocional. Portanto, é fundamental
que pais e escolas estabeleçam limites e incentivem experiências reais e
interativas, equilibrando o digital com o mundo concreto.
Gislaine Buosi, advogada e
educadora.
Texto III
Crianças e telas – o tempo de uso é só o início: A psiquiatra infantil Maria
Alice Carneiro ressalta que o tempo de tela infantil continua importante, mas
hoje já divide o foco com o conteúdo consumido pela criança. “Hoje, sabemos que
o problema também envolve os tipos de jogos, redes sociais, videochamadas com
amigos e muito mais. Há estudos que tentam entender o prejuízo das duas coisas,
pois há diferenças enormes entre assistir a vídeos educativos e viver uma
realidade paralela em jogos de imersão”, diz. Maria Alice cita os RPGs, em que
a criança encarna um personagem no mundo virtual, como exemplo de jogos que
podem ser mais destrutivos do que os de construção, como Minecraft.
Do amigo imaginário ao artificial: Com o avanço da IA na vida
dos pequenos, surgiu um novo tipo de vínculo emocional – o “amiguinho” com quem
ela conversa entre um jogo e outro no celular dos pais. Na psicologia, essas são as chamadas “relações
parassociais”, que é quando a pessoa cria vínculos com algo que não devolve
afeto real, explica Isadora Fonseca, psicóloga. “Isso é ainda mais perigoso com
crianças, porque elas aprendem por observação e modelo. Dependendo da interação
com a IA, ela pode desenvolver vieses ou comportamentos distorcidos”, alerta a
psicóloga.
CARVALHO, Carla. Disponível
em: https://www.infomoney.com.br/saude/criancas-e-telas/. Acesso em 20
out.2025. Adaptado.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de
apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija
um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa,
sobre o tema: “Os impactos do uso excessivo de telas no desenvolvimento
cognitivo de crianças”. Apresente proposta de intervenção social que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.