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MODELO ENEM - MÍDIA E PADRÕES DE BELEZA

ENEM

MÍDIA E PADRÕES DE BELEZA – MODELO ENEM – ID: KI6


Texto I

Influenciadores digitais são personalidades midiáticas que se promovem por meio das redes sociais, como o Instagram, tornando-se ídolos contemporâneos. Uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) constatou que esses influencers contribuem para promover e vender um padrão de beleza perpetuado há décadas, que limita a autonomia de escolha dos sujeitos e induz a um ciclo lucrativo para as empresas. O estudo foi realizado por Luciano Campos de Amaral no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Faculdade de Educação Física e Dança. De acordo com o estudo, o setor comercial utiliza elementos culturais para estimular o consumo de produtos. Os influenciadores digitais são os elementos da atualidade com capacidade de influenciar milhares de indivíduos nas suas decisões de compra. Luciano ressalta que “a indústria cultural tende a reforçar um indivíduo consumista e muitas vezes acrítico” – o mercado capitalista tenta induzir a decisão de compra a partir da construção de um sujeito ideal projetado pela padronização estética. Para isso,  utiliza fatores da vida cotidiana, como a atividade física e o lazer, para manter o sujeito ligado o tempo todo e sem tempo para pensar. De acordo com a pesquisa, esses personagens midiáticos prestam melhor que ninguém um fetichismo de liberdade/desejo a ser conquistado. “Os influenciadores das redes sociais vendem um corpo, um estilo de vida saudável e atlético. O debate levantado pela pesquisa é a de que as pessoas têm a tendência a dar mais importância às coisas que elas usam, consomem e possuem do que a sua real finalidade.

LENO, JAIME. Disponível em: https://jornal.ufg.br/n/165794-influencers-digitais-reafirmam-padronizacao-da-beleza-segundo-pesquisa-da-ufg. Acesso em 24 jun.2025. Adaptado.


Texto II

A mídia, especialmente por meio das redes sociais, exerce influência direta na construção de padrões de beleza que afetam a forma como as pessoas percebem seus próprios corpos. Imagens de celebridades e influenciadores digitais com corpos considerados “perfeitos” são constantemente promovidas, muitas vezes com o uso de filtros. Esse cenário contribui para a criação de metas corporais inatingíveis, que geram frustração, insegurança e sofrimento psíquico. De acordo com uma pesquisa da Dove (Projeto Autoestima, 2023, cujos resultados foram matéria, em maio/2022, da Folha de S. Paulo), 9 em cada 10 meninas brasileiras de 10 a 17 anos deixam de fazer atividades cotidianas por se sentirem insatisfeitas com a própria aparência. Essa pressão estética reforça estigmas e alimenta transtornos como a dismorfia corporal, bulimia e anorexia. Diante disso, torna-se urgente repensar o papel dos meios de comunicação na formação da autoestima, promovendo representações mais plurais, realistas e saudáveis da aparência humana.

Gislaine Buosi, advogada e educadora.

 

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