A escolha profissional tem
sido um dos grandes desafios para os jovens, e para muitas pessoas que já estão
no mercado de trabalho algum tempo. De acordo com Rodolfo Bohoslavsky (1942-1977),
psicólogo argentino, “a escolha não é um momento estático no desenvolvimento de
uma pessoa; ao contrário, é um comportamento que se inclui num processo
contínuo de mudança da personalidade, embora como observadores externos, pode
se analisar a dimensão temporal em três momentos, passado, presente e futuro”.
Aspectos que dificultam a escolha
profissional do jovem
Emocional: jovens se deparam
com sentimentos múltiplos na hora de pensar em qual carreira seguir. As dúvidas
são muitas: Onde eu me encaixo? O que eu gosto de fazer? Quais são minhas
habilidades? Falta de preparo e de motivação, indecisão e expectativas
irracionais também são fatores dificultantes, além da falta de informação sobre
profissões e mercado. Existe ainda a expectativa e/ou pressão da família e os
anseios sobre o retorno econômico da carreira escolhida.
Social: a discussão sobre
escolha profissional não costuma ser prioridade para jovens de condições
socioeconômicas mais vulneráveis, que muitas vezes acabam tendo de trabalhar
desde cedo para ajudar em casa, são limitados aos empregos informais ou terminam
sendo pais na adolescência.
Nos próximos anos teremos
muitas e rápidas mudanças. Segundo pesquisa da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE), 57% das vagas de emprego estão suscetíveis à
robotização e à automação. Mais da metade das funções hoje exercidas pelo homem
podem ser substituídas por máquinas. Outra previsão bastante curiosa é do Fórum
Mundial Econômico: 65% das crianças vão trabalhar em empregos que ainda não
existem.
O Novo Ensino Médio
possibilita aos estudantes se aprofundarem em áreas de maior interesse. Para
ele, esses caminhos são como trilhas que o aluno vai percorrer dentro do seu
projeto de vida, permitindo que ele siga os estudos do nível superior ou
carreira técnica e acrescente mais prática à carreira escolhida.
O Ensino Médio mudou, e o
Enem também precisa se atualizar. Segundo o MEC, as provas do Enem terão duas
etapas: no primeiro dia de provas, os participantes responderão questões
objetivas de múltipla escolha, mas sobre todas as disciplinas do ensino médio.
As questões cobrarão mais habilidades interpretativas do que conteudistas e
“conversarão” entre si, ou seja, serão interdisciplinares. No segundo dia, o
estudante responderá apenas questões relativas ao bloco que escolheu na
inscrição do Enem.
As instituições de ensino
superior ficarão encarregadas de definir a qual bloco pertence cada curso de
graduação oferecido. Veja abaixo como serão os blocos das provas da segunda
etapa do Novo Enem:
Com essa mudança, o candidato terá que ter uma noção
do curso de interesse antes de fazer a inscrição no Enem. No SISU, por exemplo,
ele só poderá concorrer aos cursos que pertencem ao bloco que escolheu no Enem.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de
apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo ao longo das Unidades
Curriculares Comuns que tiveram como objetivo explorar as opções profissionais
acerca de cada uma das áreas de conhecimento, redija um texto
dissertativo-argumentativo sobre o tema: “Escolha profissional: o que as áreas
do conhecimento e os itinerários formativos têm a ver com isso?”. Apresente
proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione,
organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para
defesa de seu ponto de vista.