AUMENTO DA CONTRIBUIÇÃO DO SUS – MODELO ENEM – ID: L5U
Texto I
O atual secretário-executivo e ministro em
exercício da Saúde, Adriano Massuda, afirmou, em 15/10/2025, durante a abertura
do Congresso Nacional de Hospitais Privados (Conahp), em São Paulo, que a
prioridade da pasta é implementar o programa Agora Tem Especialistas,
cujo objetivo é ampliar o acesso da população a serviços especializados de
saúde e diminuir o tempo de espera para atendimento no Sistema Único de Saúde
(SUS). “A prioridade que o chefe do executivo deu à saúde garantiu que, em
2024, atingíssemos um recorde histórico no número de cirurgias eletivas
realizadas no país: 14 milhões, um aumento de 40% em relação ao último ano do
governo anterior”, afirmou Massuda. O ministro ressaltou o histórico de
parcerias público-privadas, como o Programa Farmácia Popular e o Proadi-SUS
(com hospitais filantrópicos de excelência), e classificou o programa Agora
Tem Especialistas como a maior expressão dessas parcerias nos 35 anos de
história do SUS.
Disponível
em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2025/outubro/ministerio-da-saude-reforca-parceria-publico-privada-para-ampliar-acesso-ao-sus.
Acesso em 22 out.2025. Adaptado.
Texto II
O SUS, criado pela Constituição de 1988, é uma das
maiores conquistas sociais do Brasil, ao garantir que a saúde seja um direito
de todos e um dever do Estado. Contudo, a efetivação desse princípio enfrenta
entraves financeiros que comprometem sua capacidade de assegurar a dignidade
humana. Embora o financiamento do SUS conte com recursos provenientes de
impostos e contribuições — inclusive descontos incidentes sobre a folha de
pagamento de trabalhadores —, a má gestão e os frequentes desvios de verba não
só fragilizam o SUS, como também geram descrédito na população. A falta de
transparência e de fiscalização faz com que valores destinados a hospitais,
medicamentos e programas preventivos não cheguem ao destino correto, o que
resulta em filas, falta de insumos e precarização do atendimento. Assim, a
contradição é evidente: os cidadãos contribuem, mas não recebem os serviços
compatíveis com o que pagam. Portanto, ampliar a contribuição do SUS à
dignidade humana exige o fortalecimento dos mecanismos de controle e a
responsabilização rigorosa dos agentes que desviam o dinheiro público. Ampliar
a contribuição do SUS é condição para a garantia dos direitos humanos.
Gislaine
Buosi, advogada e educadora.
Texto III
“O SUS é um modelo internacional de sucesso – tem,
sim, problemas, até porque é algo gigantesco, mas, apesar deles, é um modelo de
democracia extraordinário, com cobertura universal. A avaliação é de Lourdes
Oliveira, vice-presidente de Saúde Global e Relações Internacionais da Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz). Ela ressalta que o Brasil está na vanguarda em áreas
como vigilância em saúde e desenvolvimento de vacinas. Entre as possibilidades
de cooperação, ela destaca a chance de os Brics desenvolverem vacinas conjuntas
a partir das redes de pesquisa já em andamento. Segundo Oliveira, esse tipo de
articulação internacional também reforça a preparação para futuras pandemias e
o cumprimento do tratado pandêmico, acordo internacional aprovado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio de 2025. “É fundamental termos os
Brics envolvidos e trabalhando no âmbito dessa rede dos institutos nacionais de
saúde pública”, adverte.
ROBICHEZ,
Adele; HOLANDA, Letycia e LACERDA Nara. Disponível em: https://fiocruz.br/noticia/2025/10/sus-e-modelo-internacional-de-sucesso-mas-universaliza-lo-e-desafio-politico-e.
Acesso em 22 out.2025. Adaptado.