Os crimes virtuais são atos ilícitos praticados por
meios digitais de comunicação e acesso à informação. Eles são ataques ao
computador, tanto ao hardware quanto ao software. Os mais comuns são fraudes,
estelionato e vazamento de informações. Segundo o Relatório de Ameaças à
Segurança na Internet de 2019, entre os 157 países analisados, o Brasil foi
classificado como o quarto país com mais invasões de hackers e crimes virtuais,
contabilizando 4,11% dos ataques globais.
https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2019/12/30/longe-de-consenso-mundo-retoma-discussoes-para-evitar-guerra-cibernetica.htm.
Acesso em 9.jun.2023.
Texto II
A quantidade de crimes
digitais no Brasil cresce sem precedentes. Especialistas separaram cinco tipos
de crimes digitais, também chamados de crimes cibernéticos, com grande
possibilidade de dominar a rede de computadores e celulares do Brasil neste
ano. Em primeiro lugar aparece o crime mais comum praticado na internet
brasileira: o roubo de dados pessoais, com destaque para criminosos focados em
grandes empresas, e-commerce e governo. O segundo crime será o avanço no uso de
robôs com inteligência artificial. Eles fingem ser pessoas em uma rede social
para roubar dados e depois invadir dispositivos das vítimas. O terceiro será o
fim das senhas e o uso cada vez mais frequente de sistemas de dupla
identificação, uso de digital e reconhecimento facial, principalmente em
softwares de bancos, provedores de e-mail e redes sociais. O quarto é um crime
crescente no país: o sextorsão, baseado em narrativas de intimidades de uma
pessoa para ser usado como extorsão. Por exemplo, quando uma pessoa usa uma
foto íntima para pedir dinheiro em troca da não publicação na internet. E o
quinto será a sofisticação de golpes, com uso de checagem de dados pessoais das
vítimas para criar uma falsa sensação de credibilidade aos sites falsos, onde
cliente de bancos são vítimas em potencial.
Em um cenário de crise socioeconômica, como a que o
Brasil enfrenta atualmente, o analfabetismo tecnológico é um empeço
significativo no enfrentamento aos crimes virtuais. Muitas pessoas,
especialmente as de baixa renda e as que pouco escolarizadas, não dominam
habilidades básicas de navegação digital, tornando-se alvos fáceis de golpes
online, como fraudes bancárias e fake news. Essa falta de conhecimento não só impede
a autoproteção, como também dificulta a denúncia e a identificação dos criminosos.
Além disso, o próprio Estado encontra limitações para desenvolver políticas
eficientes de prevenção e educação digital, por exemplo: a falta de
investimento, a desigualdade regional, a formação insuficiente de docentes
nesta área. Portanto, combater o analfabetismo tecnológico é essencial para
fortalecer a cidadania digital e promover a segurança no ambiente virtual. Em tempos
de crise, sobretudo as político-ideológicas, garantir acesso à informação e à
alfabetização digital deve ser prioridade.