Em 2015, a base de
dados contava 6.057 bibliotecas públicas no Brasil, número que caiu para 5.293
em 2020, dado mais recente disponível no site do SNBP (Sistema Nacional de
Bibliotecas Públicas). Para especialistas em biblioteconomia, a queda no número
de bibliotecas revela um descaso do poder público com a população mais
vulnerável, que não tem acesso a livrarias. Bibliotecas públicas são aquelas
mantidas pelos municípios, Estados, Distrito Federal ou governo federal, que
atendem a todos os públicos. São consideradas equipamentos culturais e,
portanto, estão no âmbito das políticas públicas do governo federal. Não entram
nessa conta as bibliotecas escolares e universitárias, que têm como
público-alvo alunos, professores e funcionários das instituições de ensino.
O Plano Nacional de
Cultura, conjunto de objetivos para o setor em vigência desde 2010, tem como
uma das metas “garantir a implantação e manutenção de bibliotecas em todos os
municípios brasileiros”. A perda de mais de 700 bibliotecas nos últimos anos
deixa o país cada vez mais distante desta meta. SP e MG foram os que mais
fecharam bibliotecas.
Descaso com os mais
vulneráveis: Fábio Cordeiro,
presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), avalia que o
fechamento de bibliotecas no Brasil nos últimos anos é explicado por uma série
de fatores. “Bibliotecas são equipamentos culturais. O fechamento das
bibliotecas públicas revela a falta de investimento e de interesse do governo.”
Ele cita ainda um descaso com a população de baixa renda, que depende mais das bibliotecas.
“Há uma falta de políticas voltadas para a parte mais vulnerável da população,
que não tem acesso a livrarias, não tem renda para poder comprar livros.
Justamente quem mais precisa de bibliotecas são as pessoas mais vulneráveis,
que não tem o acesso tão fácil ao livro.”
Disponível em: https://cnte.org.br/noticias/brasil-perdeu-quase-800-bibliotecas-publicas-em-5-anos-e06f.
Acesso em 24 jun.2025. Adaptado.
Texto II
Benefícios da
leitura para crianças: Vários
estudos comprovaram os benefícios da leitura não só para as crianças, como também
para os adultos. Um deles, realizado pela Universidade Emory, chegou à
conclusão de que ler tem um efeito parecido ao de vivenciar aquela situação na
realidade. Além desse efeito, ler também melhora o vocabulário, combate o
estresse do dia a dia, aumenta a criatividade, estimula a concentração e o
raciocínio lógico. Especialistas também afirmam que o hábito da leitura
estimula o funcionamento da memória, melhorando a capacidade interpretativa e
de explicar ideias e conceitos.
Ler com os filhos ao
longo da primeira infância também pode estimular o desenvolvimento cognitivo e
emocional; fortalecer o vínculo entre pais e filhos; ajudar na alfabetização e
no desempenho escolar; ampliar vocabulário e capacidade de expressão; ensinar a
lidar com sentimentos e conflitos; criar momentos de afeto e acolhimento; contribuir
para uma infância mais criativa e equilibrada.
Incluir a leitura
para crianças no cotidiano é uma daquelas atitudes simples que geram resultados
para a vida inteira. E a melhor parte é que, no meio da rotina corrida, você
também se permite parar, respirar e descobrir que, às vezes, um bom livro é
tudo o que a gente precisa.
DROGAL. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/rede-drogal/noticia/2025/06/23/como-a-leitura-para-criancas-estimula-o-desenvolvimento.ghtml.
Acesso em 24 jun.2025. Adaptado.