VOLTAR PARA OS TEMAS

EM - EDITORIAL - MEDICALIZAÇÃO DA VIDA

EDITORIAL - EM

MEDICALIZAÇÃO DA VIDA

EDITORIAL - ID: KL4

Texto I 

"Medicalizar" consiste em “passar a definir e tratar algo como problema médico”, ou seja, direcionar conhecimentos e recursos técnicos da medicina para tratar algo que antes não era abarcado por essa área. É natural que, à medida que a ciência avança, novas patologias sejam detectadas, como a depressão ou o autismo, e outras, reinterpretadas e descartadas, caso da histeria. Avanços tecnológicos permitem não só diagnosticar melhor, mas diagnosticar mais, mesmo condições que não coloquem a vida em risco ou comprometam sua qualidade. O problema está precisamente na facilidade com que doenças podem ser “criadas”, quando situações antes tidas como normais acabam patologizadas. Algumas de formas justificadas, outras, não. Claro que há “boas” e “más” formas de medicalização. (...) Um exemplo negativo foi a demonização do mau hálito no começo do século XX, ao ser rebatizado como “halitose”. Em virtude disso, uma notável campanha publicitária estimulou a venda de uma nova “necessidade”: o antisséptico bucal. Hoje a lista de “doenças” questionáveis não para de crescer: de características pessoais estigmatizáveis como “calvície”, “síndrome das pernas inquietas”, “timidez”, sem falar nas características estéticas, situações de vida (“tristeza”, “luto”) e mesmo consequências do envelhecimento. Parece, portanto, que estamos vivendo o apogeu da “má” medicalização – a chamada “mercantilização das doenças”.

Disponível em: QUILLFELDT, Jorge. Medicina científica X medicalização da vida. Revista Scient American Brasil, ano 13, nº 155. Adaptado.


COMANDO: Imagine que você tenha sido convidado para escrever o EDITORIAL para a revista Medicina & Qualidade de Vida, sobre o tema: “Medicalização da vida e mercantilização de doenças”.


SÓ PARA LEMBRAR...

O EDITORIAL é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e revistas. O editorialista (quem escreve o editorial) focaliza um tema atual e polêmico, de viés político, econômico, social, educacional etc., a partir do qual firma suas argumentações. O Editorial surge nas primeiras páginas do jornal ou da revista, explorando, geralmente, a matéria da capa.

Como fazer um EDITORIAL?

ü O texto é breve – entre 25 e 30 linhas.

ü A linguagem depende do público-alvo – é preciso considerar, entre outros aspectos, o caráter da revista/jornal (científico, religioso, jurídico, político etc.) e, consequentemente, a faixa etária dos leitores.

ü A estrutura segue a dos demais gêneros de caráter dissertativo: tema, reflexão/discussão e conclusão.

ü É escrito, preferencialmente, na 3ª pessoa do singular.

Gostou do tema?

ESCREVER SOBRE ESSE TEMA

Conteúdos de Apoio

Faça o download da proposta