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EM - CONTO - MEMÓRIAS DA INFÂNCIA

CONTO - EM

MEMÓRIAS DA INFÂNCIA

CONTO

ID: K5J



IMPORTANTE: Jornalistas, historiadores, chargistas, escritores, poetas, muitas vezes, utilizam-se dos mesmos fatos sociais para a produção de textos. Entretanto, Miguel de Cervantes, escritor espanhol, nos ensina que “Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar as coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido, mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja.


O que isso quer dizer?

Quem faz literatura não tem o compromisso nem com a verdade nem com a objetividade daquilo que escreve. Poetas e escritores têm a missão de arranjar a mensagem, a fim de, primeiro, encantarem-se, depois surpreenderem os leitores.


Você sabe o que é comparação? E metáfora?

As figuras de linguagem são recursos eficientes para a produção de textos literários. Comparação e metáfora são figuras que valorizam as produções em prosa e em versos.

A COMPARAÇÃO, é a figura de linguagem que estabelece uma relação de semelhança entre dois elementos, ligada por conectivos que exprimam comparação (como, tal como, igual a etc.).

Ex.: O verão é como um senhor gordo, sentado na varanda e reclamando cerveja. (Mário Quintana, adaptado)


A METÁFORA é a figura de linguagem que estabelece uma comparação implícita entre dois elementos, sem o uso de conectivos.

Ex.: O verão é um senhor gordo, sentado na varanda e reclamando cerveja. (Mário Quintana)


Leia o fragmento de Gislaine Buosi, extraído de seu livro de memórias:

Meu interesse estava, sempre esteve, no chapéu do meu avô. Eu como que cultuava aquele monumento de feltro escuro 1 – sem dúvida, o domínio e a elegância do meu avô deviam-se, não à cabeleira e à barba grisalhas, e sim àquele chapéu, que chegava primeiro do que o Sr. Messias às repartições e aos bancos, que abria caminhos, atirava ordens, resolvia questões, negociava. Algumas vezes pensei em pedir o chapéu emprestado, quem sabe meu avô permitiria que eu fosse até à esquina, com a altivez de um sacerdote recém-ordenado. Mas devo confessar: afagava-me a ideia e faltava-me a coragem. O chapéu era algo sagrado e, por isso, no alto da cabeça, o topo dos homens 2. Tocar o chapéu era como tocar a majestade de meu avô 3 – e não é dado a crianças profanar templos adultos.


1, 2 metáforas             3 comparação

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