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EM - ARTIGO DE OPINIÃO - MODELO UNIOESTE - BIOPIRATARIA

UNIOESTE - UNIVERSIDADE ESTADURAL DO OESTE DO PARANÁ

BIOPIRATARIA

ARTIGO DE OPINIÃO

MODELO UNIOESTE - ID: KW5


TEXTO I

“Biopirataria ou biogrilagem é a exploração ilegal dos recursos naturais ou apropriação indevida de conhecimentos de populações tradicionais, entre elas os quilombolas, indígenas, ribeirinhos”, explica a doutora em zoologia Annelise Batista D’Angiolella, professora da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra). Países com maior biodiversidade são alvos constantes da biopirataria. Entre os casos considerados pelos pesquisadores como mais antigos no país, estão a exploração do pau-brasil, as drogas do sertão e a borracha na Amazônia. De acordo com a pesquisadora, a ausência de fiscalização é um dos principais entraves para que esse tipo de crime ainda exista, especialmente em áreas distantes dos grandes centros. Situação que gera uma enorme perda, por exemplo, a captura de animais silvestres. Segundo dados da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), o mercado ilegal retira cerca de 38 milhões de animais da natureza, por ano, só no Brasil. Em 2019, a rede relatou 3,5 milhões de anúncios nas redes sociais, relativos à venda ilegal de animais silvestres. Além do risco de dizimar espécies endêmicas, outra consequência da apropriação indevida no que se refere à fauna amazônica é o impacto que a biopirataria gera na pesquisa. A apropriação do conhecimento de populações tradicionais, como indígenas e quilombolas também é considerada biopirataria. O conhecimento desses povos sobre o manejo de plantas medicinais e outros recursos naturais apresenta grande interesse nacional e internacional, especialmente de indústrias farmacêuticas e de cosméticos. Segundo a professora Fernanda Romagnoli, doutora em Ciências, a apropriação tem início com a captura desse conhecimento por empresas ou pessoas que visam o lucro. Uma das formas informar a população sobre biopirataria é a educação ambiental.

Disponível em: https://novo.ufra.edu.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3042&catid=17&Itemid=121. Acesso em 12 set.2025. Adaptado.


TEXTO II


TEXTO III

No território brasileiro, ainda não existe previsão para punir os biopiratas, nem mesmo para atenuar a biopirataria. Nesse universo, o atual modelo de desenvolvimento econômico é regrado pelo aumento da produção de bens decorrente do consumo. Para atender aos segmentos do sistema capitalista e da globalização, a natureza passa ser observada como matéria-prima, que, por conseguinte, sustenta o capital. Dentro dessa lógica, nota-se que as legislações existentes estimulam à prática da biopirataria.

ROCHA, Maria Célia Albino. Disponível em: https://www.ufsm.br/cursos/pos-graduacao/santa-maria/ppgd/biopirataria-das-plantas-medicinais-enquanto-apropriacao-dos-conhecimentos-tradicionais-da-amazonia-brasileira. Acesso em 12 set.2025. Adaptado.

PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um ARTIGO DE OPINIÃO sobre o tema: Desafios para combater a biopirataria no Brasil”. Apresente proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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