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EFAF - DESCRIÇÃO - O GAROTO E O CAMINHÃO

DESCRIÇÃO - EF ANOS FINAIS

O GAROTO E O CAMINHÃO

DESCRIÇÃO - ID: L4L


Descrever é desenhar com palavras!

Você já sabe, mas não custa lembrar...

Descrever é pormenorizar pessoas, ambientes, cenas, paisagens, sentimentos etc. Bons autores têm a habilidade de equilibrar, num único texto, aspectos objetivos e subjetivos, estáticos e dinâmicos, para o que mobiliza não apenas os cinco sentidos, como também outras percepções que fogem do universo material.

ü A descrição objetiva privilegia aspectos visuais, físicos, aparentes. Ex.: A casa destelhada, aos fundos da igrejinha...

ü A descrição subjetiva, privilegia aspectos psicológicos, emocionais. Ex.: O rosto de saudade...

ü A descrição estática registra cenas em repouso. Ex.: Os muros do colégio são altos.

ü A descrição dinâmica registra cenas em movimento. Ex.: A sambista ajeita as sandálias, anda, rebola, cai e levanta.

Fuja dos aspectos descritivos muito previsíveis: bonito, feio, alto, baixo, alegre, triste... tudo isso é muito comum. O leitor vai “ver” exatamente aquilo que o escritor quiser/permitir que ele veja, fraca ou intensamente, a depender da sensibilidade e das técnicas descritivas empregadas pelo escritor.


Confira abaixo exemplo de texto descritivo, de Gislaine Buosi:

    A professora assistia ao desfile do circo, debruçada na janela da varanda. Caminhões cobertos com lonas vermelhas cortavam a avenida. O motorista-palhaço trazia um anãozinho no colo. No banco inteiriço, mais três ou quatro palhaços, espremidos, superlotavam a boleia. A velocidade era pouca, e o comboio seguia sem pressa. A moldura da janela mal comportava tantas caras e tantos braços que acenavam com as mãos enluvadas. Na carroçaria, as dançarinas chacoalhavam o par de brincos e o par de peitos, ao som do toca-fitas. Um dos caminhões rebocava a jaula dos leões, espalhando o cheiro forte dos animais. Os cavalos deixavam marcas no piso, assinalando o caminho da volta. Os cachorros, todos vestidos, latiam meio sem graça — o cômico era vê-los vestidos como gente. Um anãozinho equilibrava-se na perna-de-pau, ameaçando cair sobre as senhoritas. A mulher barbada alisava a barba num bico, para depois enrodilhá-la nos dedos indicadores.  

        — A mulher barbada é mulher mesmo ou é homem vestido de mulher, mãe?


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