O CARTUM é um texto de caráter crítico-reflexivo, que se utiliza de elementos verbais e não verbais e, geralmente, apresenta-se em um quadro. É considerado um modo prático/rápido de trazer à tona debates importantes acerca de comportamentos sociais e problemáticas mundiais. Desse modo, o cartum não aborda um contexto pontual/esporádico, nem uma pessoa específica (o que são temas de charges), motivo pelo qual a relevância e o alcance do cartum tendem a manter-se ao longo do tempo.
Desse modo, temas atemporais (que não se afeta/altera com o passar do tempo) e universais (mundiais) são temas de cartuns: corrupção, tragédias ambientais, desigualdade social, inflação etc., etc.
O cartum usa traços carregados/caricaturais, a fim de tornar o fato/tema mais grave, extravagante, irracional etc. Crítica, ironia e bom humor são elementos essenciais aos cartuns, além das construções, intencionalmente, ambíguas, metafóricas e trocadilhescas.
Por meio de imagens (personagens e/ou coisas) e balões (texto de vocabulário simples), o cartum é um gênero textual veiculado em jornais e revistas – impressos ou virtuais.
COMO FAZER UM CARTUM?
1.Escolha um tema de caráter atemporal e universal.
2. Pense, exatamente, em como “exagerar” no aspecto inconveniente/contrastante dessa situação, e use texto não verbal (desenho de personagens e/ou coisas) e, se for o caso, de texto verbal (poucas falas das personagens que vivem a situação), para desenvolver a crítica.
A cartunista escolheu o tema “insegurança alimentar” para a composição do texto. Perceba que não é possível estimar o local, nem a data em que acontece o fato ilustrado no cartum, por conta de o problema acontecer, ao mesmo tempo, em todo o mundo.
PROPOSTA DE REDAÇÃO: A matéria abaixo, que se refere aos diferentes perfis de criadores de fake news, é a base para o CARTUM que você desenvolverá:
Especialistas citam três perfis de criadores de fake news: os criadores de conteúdo que ganham dinheiro em redes sociais e sites; os que estão envolvidos com causas políticas por conta de convicção ou dinheiro; e os que criam as mentiras por humor e sátira. Segundo Yurij Castelfranchi, professor da UFMG, há uns anos, eram pessoas que apenas gostavam de "trollar" nas redes sociais; ou seja, tudo não passava de uma piada. Mas, de um tempo para cá, o negócio de profissionalizou.