Pular corda, amarelinha,
esconde-esconde e queimada são algumas das brincadeiras mais tradicionais no
Brasil – ou, pelo menos, foi assim até pouco tempo atrás. Com o crescimento dos
centros urbanos e o aumento da violência, as novas gerações acabaram se
emparedando, cada vez mais, em casas e escolas, enquanto as brincadeiras de rua
e a liberdade de correr por aí foram ficando para trás. Mas não são apenas as
crianças que perderam com a clausura progressiva das últimas décadas, pois as
ruas também precisam das pessoas para manterem sua utilidade social. A presença
dos pequenos nos espaços públicos resgata a vivacidade das ruas e relembra à
cidade de que o território não é apenas para os carros.
Com essa ideia,
comunidades de todo o mundo vêm implementando as ruas de lazer, chamadas também
de ruas brincantes ou ruas de brincar. Com medidas simples, como o fechamento
periódico das vias para o fluxo de veículos, as cidades garantem condições para
que os moradores da região possam usufruir do espaço público de modo mais livre
e, principalmente, mais seguro. Abrir as ruas para a prática de exercícios
físicos, para ações comunitárias e brincadeiras infantis também é uma forma de
incentivar as relações de vizinhança.
Disponível
em: https://www.uol.com.br/ecoa/colunas/primeira-infancia/2022/03/04/ruas-de-brincar-resgatam-o-espaco-publico-para-as-criancas.htm.
Acesso em 1.jun.2023.
CONTEXTUALIZAÇÃO: Imagine que, em diálogo com sua família e com
a comunidade do bairro onde vocês moram, surgiu a ideia de pedir à Prefeitura a
autorização para que, nos finais de semana, uma rua seja interditada para que
se torne “Rua de Brincar”.
COMANDO: Pense nos detalhes
dessa situação e escreva uma CARTA DE SOLICITAÇÃO À PREFEITURA.
IMPORTANTE: De antemão, vocês já sabem que o prefeito vai
resistir ao pedido – é preciso argumentar bem, a fim de que seja atendido!
A CARTA DE SOLICITAÇÃO, como o próprio nome adianta, é um gênero textual cuja finalidade é encaminhar a órgãos públicas ou instituições privadas, solicitações/pedidos de providências, concessões, favores, licenças, prazos e demais situações ou que surgem, geralmente, em meio à comunidade.
Ainda que a estrutura seja maleável, a CARTA DE SOLICITAÇÃO deve conter, a depender daquilo de que se solicita, basicamente:
. Data e local;
. Identificação da instituição/órgão a que se destina a solicitação;
. Vocativo;
. Identificação completa do solicitante/remetente;
. Exposição do fato, pormenorização e argumentação;
. Fundamentos da solicitação (lei municipal etc.);
. Solicitação;
. Agradecimento pela expectativa de atendimento ao que se solicita;
. Despedida – “Atenciosamente”;
. Assinatura;
. Outros elementos e anexos (cópia de documentos, de matérias jornalísticas etc., a depender do caso).
A CARTA DE SOLICITAÇÃO pode ser conduzida na 1.ª ou 3.ª pessoa do singular, em nome próprio ou de terceiros.