Num país como o Brasil, líder
mundial na produção de alimentos, ver pessoas passando fome revela muito sobre
nossa economia, nossa cultura, nossa política e nossos cidadãos. Afinal, como
podemos admitir que pessoas, famílias e até comunidades inteiras passem fome? A
Campanha da Fraternidade 2023 propõe refletir o tema da fome a partir da
perspectiva cristã, entendendo, sobretudo, que não existe fé sem obras e que
qualquer discurso religioso sem uma prática de vida coerente torna-se estéril e
vazio. (...) Infelizmente, a situação da fome se agrava porque estamos em
cultura de indiferença e resignação que, muitas vezes, é transmitida dentro de
casa e reforçada na convivência social. (...) Muitas vezes, crianças são ensinadas a desconfiarem e a odiarem os pobres. Desse
modo, as escolas católicas têm o dever moral de desconstruir esse julgamento e
formar a consciência de crianças, jovens e pais para a empatia, a justiça, a
solidariedade e o senso de fraternidade.
Fonte: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2022/07/06/brasil-volta-ao-mapa-da-fome-das-nacoes-unidas.ghtml.
Acesso em 17-fev-2023.
Texto 3
Sensibilizar a sociedade e a
Igreja para enfrentarem o flagelo da fome. Pela terceira vez, a Conferência
Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) aborda um triste cenário que afeta a vida
de milhões de brasileiros e brasileiras. É tempo de cuidar de quem tem fome e
refletir sobre os paradoxos e contrastes de um país chamado de “celeiro do
mundo”, enquanto nele crescem os números do desperdício e se multiplicam os que têm fome e sede de
justiça. A solução para a superação desse triste contexto está no exercício da
fraternidade, da prática do amor que Cristo nos ensinou.
CONTEXTUALIZAÇÃO E COMANDO:
Imagine que você o município em que você mora haja um considerável número de mendigos
em situação de rua e de fome. Imagine ainda que, depois de muitas tentativas
para solucionar a questão – sem resultado satisfatório – a comunidade da escola
em que você estuda (alunos, famílias, educadores, colaboradores etc.) tenha se
mobilizado em favor da causa. Tendo em vista a Campanha da Fraternidade de
2023, que se propõe a refletir sobre a fome, coube a você redigir uma CARTA
ABERTA, em nome da comunidade escolar, endereçada à Secretaria de Assistência
Social do município, para apresentar e discutir essa causa, e, ao final, pedir
que seja feito um projeto voltado a ações afirmativas em favor dos desvalidos
sociais.
Essa CARTA ABERTA será afixada em
pontos estratégicos do município. Escreva de 25 a 30 linhas.
Só para lembrar...
A CARTA ABERTA é um gênero
textual expositivo, argumentativo e reivindicatório. A principal característica
da CARTA ABERTA é permitir que uma pessoa ou uma coletividade exponha,
abertamente, suas reclamações e suas pretensões/reivindicações acerca de algo
que, normalmente, não alcançou de modo particular – então a necessidade de um
apelo “aberto”.
Como fazer uma CARTA ABERTA?
A composição da CARTA ABERTA é
maleável. Ainda que não necessariamente nesta ordem, a CARTA ABERTA,
geralmente, traz os elementos da carta tradicional, quais sejam: local, data,
vocativo (normalmente um destinatário coletivo ou órgão público), apresentação
do remetente (normalmente uma coletividade), síntese do assunto, discussão e
sugestões do remetente para a solução de problemas, agradecimento (opcional),
despedida (opcional) e assinatura – geralmente, uma pessoa assina a CARTA em
nome da coletividade. A CARTA ABERTA pode ser escrita em 1.ª ou 3.ª pessoa do
singular ou do plural. Geralmente, contém título (CARTA ABERTA) e subtítulo,
que procura adiantar quem é o remetente, o destinatário e o assunto. Por
exemplo: