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EFAF - ARTIGO DE OPINIÃO - VELHOFOBIA

ARTIGO DE OPINIÃO - EF ANOS FINAIS

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VELHOFOBIA

ARTIGO DE OPINIÃO

ID: HE8



Texto I

Universitárias debocham de colega de 40 anos

Um vídeo que viralizou nas redes sociais mostra três alunas de uma universidade particular de Bauru (SP) debochando de uma colega de sala, por ela ter 40 anos.

O que aconteceu? A gravação, feita por uma das três alunas, já teve mais de um milhão de visualizações no Twitter. No vídeo, elas ironizam a colega, por causa da idade. As três são alunas de biomedicina da XXXXX, e se disseram arrependidas, conforme apurou a reportagem.

Nas redes sociais, a universidade não fez menção direta ao caso, mas disse não compactuar com discriminação.

“Gente, como ‘desmatricula’ um colega de sala?”, diz uma das alunas, que segura o celular para fazer o vídeo. Na sequência, outra responde: “Mano, ela tem 40 anos já. Era para estar aposentada.” “Realmente”, concorda a terceira. Uma delas insinua ainda que a mulher não sabe usar o Google. “Acha que a professora é o Google”, critica.

A atitude das universitárias foi repudiada por colegas de curso. Usuários das redes sociais postaram centenas de mensagens na página da universidade, exigindo providências contra as alunas.

BORGES, Stella. Disponível em: https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2023/03/11/universitarias-debocham-colega-idade.htm. Adaptado para fins didáticos. Acesso em 17.mar.2023.



Texto II

O etarismo e a fala das estudantes

“A melhor forma de se vingar de um etarista? Desejar-lhe vida longa.”

A autora da frase é Cris Pàz, comunicadora e escritora. Para ela, o pensamento cabe também para as estudantes de Bauru, e diz que o caso não se trata apenas de etarismo, mas também de machismo: “Não são nada solidárias a outras mulheres. [...] Mulheres estão sempre manifestando machismo sem perceber. O que me assustou muito foi isso parecer tão distante para elas.”

Tem um outro ponto crítico também, diz Cris, que é o fato de que pessoas tão jovens, que são donas de seus gostos e liberdades, não conseguirem entender que, para isso, existiu uma luta. “Falta também conhecimento histórico. A gente vive em uma sociedade que não olha para o que aconteceu, que não consegue entender que há 90 anos a gente não podia votar.”

Para além do etarismo e do machismo, Cris Pàz aponta outros aspectos das falas: a falta de entendimento sobre longevidade e de que a sociedade brasileira está envelhecendo; o fato de as universitárias fazerem parte de uma geração de crianças, adolescentes e jovens sem limites.

“A coisa das redes sociais, da digitalização excessiva, dos pais trabalhando demais e de um mercado de consumo muito forte, parece que existe uma desconexão. Os principais valores nem sempre estão vindo dos pais”, analisa.

BERLINCK, Fernanda. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/bauru-marilia/noticia/2023/03/14/etarismo-o-que-e-e-como-ele-se-relaciona-com-o-caso-de-universitaria-hostilizada-em-bauru.ghtml. Adaptado para fins didáticos. Acesso em 17.mar.2023.



Texto III

Etarismo, ageísmo, idadismo ou velhofobia – são expressões que designam a discriminação por idade, que é mais nítida em camadas que, ao que me parece, aceitam/naturalizam a desigualdade social. (...) Lembro-me do caso de uma professora que ouviu de um aluno o seguinte comentário: “a senhora é muito boa de serviço, mas precisa pintar os cabelos, porque parece velha.”

Gislaine Buosi



PROPOSTA DE REDAÇÃO: A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um Artigo de Opinião em que seja abordado o tema: “A velhofobia no ambiente escolar”. Escreva, aproximadamente, 25 linhas.



O ARTIGO DE OPINIÃO (ou Artigo opinativo, ou, ainda, Texto de opinião), como o próprio nome adianta, é um texto em que o autor expõe seu ponto de vista a respeito de algum tema polêmico. É um gênero textual que se apropria, predominantemente, do tipo dissertativo. Dá-se o nome de articulista àquele que escreve o Artigo. 


Geralmente, é escrito na 1.ª pessoa, leva título e assinatura.


A estrutura do Artigo de Opinião, ainda que maleável, procura seguir:

. Introdução, com a apresentação do tema e da tese a ser defendida;

. Desenvolvimento, com as argumentações para a defesa da tese e

. Conclusão, com a reafirmação da tese e a provocação do leitor, encaminhando-o para as próprias reflexões. 

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