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Revolução Industrial: outras intertextualidades

Quais outros temas podem recorrer à Revolução Industrial como intertextualidade?

TEMA: Cursos Técnicos – Novo Ensino Médio

É fato: no Brasil do século XXI, o Ministério da Educação propôs a Reforma do Ensino Médio – um dos principais objetivos  do pacote é a formação técnica de jovens egressos do Ensino Fundamental, o que pode ensejar a rápida empregabilidade. Em contrapartida, o incentivo à formação superior há de ser esquecido.

Os cursos técnicos não são novidade. No século XVIII, a mecanização substituiu o trabalho braçal – o trabalhador, que ainda não havia se preocupado com a formação escolar, perdeu seu posto. Os mais persistentes buscaram a alfabetização a fim de serem aproveitados em outros setores da indústria. Exatamente nesse contexto, surgiram as primeiras escolas técnicas da Era da Industrialização.

(Nota: a retomada histórica serve não só para introduzir, mas também para desenvolver a dissertação. A maior parte dos exemplos aqui fornecidos se prestam para introduzir ou fundamentar a argumentação.)

TEMA: EPIDEMIAS

Em meados do século XVIII, a industrialização avançava – da Inglaterra aos países circunvizinhos, os teares mecânicos e demais recursos tecnológicos movimentavam a engrenagem capital.  Entretanto, os serviços de saneamento básico não acompanharam essa expansão e, consequentemente, o período foi marcado por graves epidemias, sobretudo o cólera, transmitido pela água contaminada. Lamentavelmente, há que se admitir: mais de dois séculos passados, as epidemias ainda não foram efetiva e satisfatoriamente erradicadas.

(Nota: além da retomada histórica, é preciso fazer a presentificação/atualização, ou seja, escrever em que medida os reflexos da Revolução Industrial afetam a Economia, a Saúde, a Sociedade nos dias atuais.)

TEMA: Alimentos industrializados

Carne enlatada, massa pré-cozida, barrinha de cereal, torrão de açúcar – ou, simplesmente, “ração dos militares”. Sem dúvida, as guerras estão por trás de uma das maiores revoluções ocorridas na forma de a humanidade se alimentar: os alimentos industrializados, que substituíram a “cozinha de campanha”. A Revolução Industrial é responsável por tudo isso, haja vista os recipientes lacrados, frutos da maquinaria, que preservavam os alimentos – até porque garantir a subsistência dos soldados ocupou sobremaneira a estratégia central dos Estados.

(Nota: as frases nominais são um mecanismo eficiente para introduzir a dissertação. Elas podem descrever ambientes, períodos, fatos.)

TEMA: Trabalho análogo ao de escravo

A industrialização do século XVIII, ao rasgar padrões tradicionais de trabalho, privilegiou o lado gordo da relação trabalhista, qual seja o do empregador. Sem dúvida, a Revolução Industrial, que trouxe consigo a fome pelo lucro e à desídia ao serviço braçal, foi a grande responsável pelo desemprego, pelo subemprego e, inevitavelmente, pelo que hoje se chama “trabalho análogo ao de escravo” – o que se deu quando, sem outra saída, homens e mulheres livres sujeitaram-se aos subsalários.  

Nota: a linguagem figurada (rasgar padrões, lado gordo; fome pelo lucro; em nome do estômago) valoriza o texto.

TEMA: Imparcialidade da imprensa

Deve-se a Gutenberg, alemão do século XV, o advento da prensa móvel. Mais tarde, no século XVIII, com o estouro da Revolução Industrial, surgiu a máquina de impressão a vapor e, então, os jornais em grande escala. Fica claro que a defesa de causas sócio-políticas, de modo mais rápido e mais abrangente, tem seu nascedouro com as letras impressas, e, em meio a elas, a opinião do editor. Isso equivale a dizer que a imprensa não é e nunca foi imparcial, haja vista o homem por trás dos tipos-prensa.

TEMA: Meio ambiente

No século XVIII, com o advento da Revolução Industrial, a produção e o mercado avançaram, e, por consequência, provocaram desastres ambientais. Isso se deu por conta da exploração desmedida dos recursos naturais e da inevitável geração de lixo, resíduo e  rejeito industriais, os quais têm contribuído para a degradação de mananciais, a contaminação de lençóis freáticos, a poluição da atmosfera – só para citar poucos impactos ao meio ambiente. Mas não há que se negar: indústrias contemporâneas são, ainda, as grandes responsáveis pelos desastres ambientais – a Samarco, braço da Mineradora Vale do Rio Doce, é exemplo disso.

(Nota: convém investir no “Meio ambiente” – isso porque, além de o tema nunca “cair de moda”, em novembro de 2017 completam-se dois anos do maior acidente da mineração brasileira e, ao que se sabe, a Samarco nada fez em defesa do meio ambiente e dos moradores de Mariana/Bento Rodrigues – ao contrário, os recursos judiciais têm se multiplicado a fim de que a Samarco protele/adie a reparação a que está obrigada.)

TEMA: Geração freelancer

Para muitos setores da Economia, são inevitáveis as mudanças nas relações trabalhistas, motivo de acaloradas discussões entre legisladores, sindicalistas e demais atores sociais. O Fórum Econômico Mundial fala na Quarta Revolução Industrial, evento que eliminará mais de 7 milhões de empregos em todo o mundo até 2020. Contudo, não é preciso esperar 2020 para constatar que, hoje, 1 em cada 4 jovens está fora do mercado formal, o que o leva a buscar relações alternativas de trabalho – como alternativas, leia-se extralegais. Nasce, assim, a geração freelancer, às costas da Consolidação das Leis Trabalhistas. 

TEMAS: Consumismo – Obsolescência programada –  Inadimplência

Para abordarmos o consumismo, é preciso, ainda que por óbvio, admitirmos que a Revolução Industrial, no século XVIII, foi a grande responsável pela produção em série, o que implicou o barateamento de produtos, que implicou a aquisição desses produtos, que implicou a obsolescência programada, que implicou a nova aquisição. Caracterizado, então, o círculo vicioso – o combustível da engrenagem capital. É inegável: quatro séculos depois do advento da industrialização, apalpamos a fetichização da mercadoria. Muito embora atravessemos grave crise econômica, o mercado consumidor permanece aquecido, haja vista o incentivo publicitário, o crédito facilitado – ambos abrem as portas ao endividamento do consumidor.

(Atenção: muito comum o aluno escrever “consumismo exagerado” ou “consumismo desenfreado” – tais expressões são pleonásticas. Escreva: consumo exagerado; consumo desenfreado; consumismo.)

TEMA: Terceirização de mão de obra para atividades-fim

A terceirização é a contratação de serviços por meio de uma empresa intermediária entre o tomador de serviços e o trabalhador. Antes da discussão, é preciso um resgate: nos séculos XVIII e XIX, após a Revolução Industrial, o trabalho braçal foi subaproveitado, ao lado do que surgiu uma nova questão: a falta de direitos e garantias ao trabalhador. E é esse retrógrado modelo que está sendo implantado na legislação trabalhista, com a terceirização de atividade-fim já sancionada pelo Presidente da República. É preciso destacar que, contra a medida, armou-se uma guerrilha – isso porque muitos legisladores veem esse modo de terceirização como um atentado à Constituição Federal, o que provoca a vulnerabilidade dos trabalhadores brasileiros.

TEMAS: Ocupação urbana desordenada – Mobilidade urbana caótica

É fato: os reflexos da Revolução Industrial também alcançaram o Brasil que, no começo do século XX, máquinas a todo vapor, deparou com o êxodo rural e o consequente inchamento das cidades. Resultado: a favelização nas encostas, a dificuldade de locomoção, a invasão de áreas protegidas, tudo, obviamente, às cegas, ou seja, sem um planejamento estratégico eficiente. Mas não há que se negar: ocupação urbana desordenada e mobilidade caótica são realidade nas metrópoles não só do Brasil, mas também dos demais países do terceiro mundo.

(Nota: nesse exemplo é muito fácil excluir um tema – se cortar a ocupação urbana, a introdução está intacta para a mobilidade urbana, e vice-versa.)

TEMA: . Diferença salarial entre homens e mulheres

É fato: a Revolução Industrial abriu as portas de trabalho às mulheres, até então dadas apenas ao serviço doméstico. Mais adiante, não só no Brasil, como também em outras partes do mundo, a mulher alcançou o direito ao voto. Um pouco mais, a mulher passou a ocupar importantes postos em setores da economia e da política. Entretanto, apesar da evolução feminina, uma realidade funesta ainda perdura: muitas mulheres, ainda que ocupem os mesmos cargos que os homens, não têm o mesmo salário que eles.

TEMA: Pirataria

Muito se engana quem acredita que o mercado paralelo – eufemismo para “pirataria” – seja algo novo. A História registra que, no século XVIII, com o advento da industrialização, assim que os ingleses patentearam os primeiros teares mecânicos, os americanos tiveram por bem copiá-los, sem quaisquer licenças ou gratificações aos respectivos inventores. Nasceu, então, a pirataria: os americanos, sem o lastro da produção original e, obviamente, sem os custos inerentes à criação, passaram a produzir em larga escala, a preços bem mais modestos, o que impulsionou o mercado.

Conheça, aqui mesmo na Plataforma Redigir, dissertações modelo sobre temas potenciais para a próxima edição do Enem.

 

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