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Principais exigências na Literatura nas últimas edições do ENEM (2009-2016)

Mapeamento das últimas edições do Enem

Principais exigências na Literatura

(2009-2016)

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Como já sabemos, as primeiras provas do Enem contemplaram provas lógicas. Todavia, com a crescente adesão das Universidades Federais ao sistema, aos poucos, o Enem tornou-se mais exigente acerca do repertório de conhecimento do candidato.

O mapeamento a seguir não garante quais serão os temas das próximas provas; apenas mostra as principais ocorrências nas últimas edições do Enem. Tais ocorrências, é claro, podem ser revisitadas!

• 1.º lugar – Interpretação de poemas

Uma das vantagens quando o assunto é interpretação de poemas é que, de fato, o poema consta da prova – não é preciso decorar poemas, ainda que alguns fragmentos clássicos estejam memorizados. Entretanto, a leitura do poema transcende as letras da peça, vez que dialogam com a contemporaneidade,  apesar de , por vezes, há tanto tempo escritas.

Alguns pontos devem ser considerados para a melhor interpretação de poemas, entre os quais: a escola literária a que se filia o poeta, a biografia, as circunstâncias (gerais ou particulares) que o motivaram a compor.

Assim, a leitura de prefácio de obra e de biografia de autor são de fundamental importância.

Comumente, são focalizados poetas contemporâneos, tais como: Manoel de Barros, Adélia Prado, Paulo Leminski, José Paulo Paes, Gabriel, o pensador.

• 2.º lugar – Intertextualidade

O diálogo entre um texto e outro materializa-se por intermédio da intertextualidade, que pode ocorrer entre as mais diversas áreas do conhecimento, não se restringindo a textos literários. Desse modo, é possível cruzar um poema com uma notícia de jornal; um fragmento de Machado de Assis com uma charge; um texto publicitário com uma escultura etc.

Principais tipos de intertextualidade:

Citação – é a transcrição do texto alheio.

Paráfrase – dá-se quanto o autor recria, com recursos próprios, um texto (já existente, é óbvio), lembrando ou atualizando a mensagem original.

Paródia – é uma forma de apropriação que, em lugar de endossar o modelo retomado, rompe com ele, sutil ou abertamente. Ela muitas vezes perverte o texto anterior, visando à crítica, à ironia, à comicidade.

Reconhecer as técnicas utilizadas para a composição de determinada obra de arte, bem como se é contemporânea ou passadista e, sobretudo, fazer a relação entre artes plásticas, poesia, História e contexto social são de grande importância. Os artistas mais focalizados nas edições anteriores foram: Pablo Picasso, Tarsila do Amaral e Candido Portinari.

• 3.º lugar – Romantismo – Poesia

O Romantismo, ainda que tenha um período relativamente curto, qual seja, 45 anos (1836 e 1881), é escola literária complexa: na poesia, além de haver três gerações, os poetas de cada uma delas não guardam conexão entre si:

1.ª Geração: Nacionalista – Gonçalves Dias;

2.ª Geração: Mal-do-século – Álvares de Azevedo;

3.ª Geração: Social – Castro Alves.

• 4.º lugar – Interpretação de romances

Todos sabemos que o Enem não fornece uma lista de leituras, como fazem os vestibulares – isso equivale a dizer que grandes títulos, obviamente, de grandes ficcionistas, devem fazer parte do acervo pessoal do candidato.

Entretanto, ainda que o Enem ofereça um texto de apoio extraído do romance a ser questionado, é preciso também saber, de memória, o estilo literário a que o autor daquele determinado romance está inserido.

Atenção quando o texto de apoio for demasiado extenso: conheça, primeiro, o comando.

• 5.º lugar – Segunda Geração do Modernismo

A Segunda Geração da Poesia do Modernismo (1930-1945) é conhecida como Geração Moderadora, vez que os demolidores da Primeira, verdadeiros vanguardistas da Literatura Brasileira, enfrentaram os ranços academicistas e, assim, os poetas da Segunda gozam de liberdade para comporem. São, de fato, “moderados”, não têm a ousadia experimentalista dos poetas da Primeira, em especial a de Oswald de Andrade.

A prosa nordestina modernista, ou o “Romance de 30”, também poderá ser lembrada, especialmente com Jorge Amado, Graciliano Ramos e Raquel de Queirós.

• 6.º lugar – Simbolismo

Primeiro “Decadentismo”; depois “Simbolismo”. A poesia simbolista foi considerada decadente, visto recuperar o estilo da poesia ultrarromântica. O Enem tem investido na interpretação de sonetos simbolistas, muito embora seja pressuposto dessa poesia o “sentir” e não, propriamente, o “entender”.

São características da poesia simbolista:

  • versos metrificados e rimados – única conexão formal com a poesia do Parnasianismo;
  • sinestesia;
  • fixação pelo branco;
  • maiúsculas alegorizantes;
  • vaguidão;
  • musicalidade;
  • recuperação de vocabulário litúrgico.

• 7.º lugar – Parnasianismo

Contrastando com a produção poética do Romantismo, parnasianos primam pela contenção do subjetivismo, o que revelará a poesia racional, o culto à forma – é a estética da arte pela arte. Período marcado pela Batalha do Parnaso. Olavo Bilac é o principal representante do Parnasianismo no Brasil.

Características:

  • metrificação (sonetos, em especial) e rimas (ricas ou raras);
  • metalinguagem – culto à forma;
  • retorno à Antiguidade Clássica, com a descrição de objetos raros;
  • distanciamento da mundanidade – torres de marfim – comunhão com os astros
  • aproximação/comparação da poesia com a ourivesaria;

O principal representante da poesia parnasiana é Olavo Bilac; compôs:

  •   Via láctea – tema: céu noturno;
  •   Panóplias – rigor formal elevado; temas históricos, lendários;
  •   Sarças de fogo – mulher desnuda.

• 8.º Barroco

O Barroco (1601 – 1768) é o marco inicial da Literatura feita e consumida pelos brasileiros. Coincide com o movimento da Contrarreforma empreendido pela Igreja. Predominância da poesia, sempre metrificada, com destaque para Gregório de Matos, o Boca do Inferno. Destaca-se, também a sermonística de Vieira e a escultura de Aleijadinho.

Poesia e plásticas marcadas pelo contraste – nessa, luz e sombra; naquela, antíteses e paradoxos.

Gregório de Matos: poesia lírico-amorosa – sonetos; poesia erótica – redondilhos; poesia religiosa – sonetos; poesia reflexiva – sonetos.

• 9.º lugar – Quinhentismo

As Crônicas dos Descobridores, sobretudo as de Caminha, são os primeiros registros da Nova Terra – Certidão de Nascimento do Brasil. Têm caráter literário-documental.

Contêm a descrição e as impressão dos cronistas acerca da fauna e da flora brasileiras. Foram escritas, obviamente, não pelos nativos, mas pelos colonizadores portugueses e espanhóis.

  • Literatura de informação – escrita pelos cronistas de viagem, a mando da Coroa Portuguesa; tem caráter oficial.
  • Literatura catequética – escrita pelos padres jesuítas, na missão da catequese dos índios.
  • Literatura de viagem – extra-oficial, escrita pelos navegantes; caráter especulativo.

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