Página de diário – Carol Santiago – Podcast Redigir Fundamental

Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!

Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção! 

Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.

Página de diário – Carol Santiago

Confiram o episódio!

Transcrição do episódio

Amigão,

Tenho uma história pra te contar. 

Antes, preciso dizer que, como todos os dias, acordei cedo para o treino, manhã fresca, o sol ameno. A piscina me aguardava. “Foco!”, o preparador gritou, ele sempre grita. Durante o treino, algo inesperado aconteceu – e aqui começa a história! 

Olá, pessoal! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura. 

Hoje vamos conhecer um gênero textual que, tenho certeza, despertará em você uma vontade enorme de escrever… uma página de diário.

O fragmento que acabo de ler, acredito, já pôs você a pensar… e pode ser até que já tenha surgido uma dúvida: você é nadadora, Gislaine?

Era isso o que eu ia perguntar, professora…

Opa! Meu aluno imaginário está bem atento… Olha só… Para as atividades escolares, é possível dar ao texto um caráter ficcional/inventado. Daí, então, o texto literário de uma página de diário, que pode comportar um universo.

Escrever uma página de diário em que consta que você perdeu a hora, e que, por isso, chegou atrasado ao colégio… ou que no caminho houve um acidente… ou que seus primos estiveram em sua casa durante a tarde… Ah… Isso é muito comum. 

A proposta de hoje é mais ousada: agora que você já sabe que a página de diário pode ser inventada e tal, para esta atividade, você deverá imaginar-se outra pessoa e, a partir de então, escrever uma página de seu diário. 

E essa pessoa é quem, Gislaine?

Ah… sabia que você ficaria curioso. Antes de revelar a pessoa que você deverá imaginar-se, deixa-me apontar algumas características importantes para a redação de uma página de diário. Vamos lá!

Você já sabe, trata-se de uma escrita bem pessoal, sem formalidades, sem estrutura pré-definida. Para esse gênero textual, especialmente na escrita escolar, importam a organização e a coerência daquilo que se relata, a noção de começo, meio e fim do episódio, ou seja, do dia.

O diário é um texto narrativo?

Sim, há de ser predominantemente narrativo, até porque, em tese, comporta a trajetória, o decurso de um dia. E é preciso também explorar aspectos descritivos, a fim de que cenas, ambientes, pessoas, coisas sejam pormenorizadas, quer dizer, mais bem caracterizadas. Passagens reflexivas também são sempre bem-vindas. 

Ainda que uma página de diário não seja escrita para a leitura de terceiros, obviamente por conta de registros particulares, é certo que quem escreve diários guarda-os como verdadeiros tesouros a serem relidos ao longo do tempo – o diário é um álbum de acontecimentos e, desse modo, é de todo importante registrarmos cores, sabores, cheiros… registrarmos a intensidade das coisas, entende?, para que nada seja esquecido. 

O texto é escrito na 1ª pessoa do singular e os verbos são empregados, geralmente, no passado, porque escrevemos sobre algo que aconteceu no dia…

Certos escritores personificam o diário, quer dizer, atribuem a ele um nome, dialogam com ele, fazendo dele uma espécie de confidente. É comum, também, o escritor começar o texto cumprimentando e terminá-lo despedindo-se do “amigo”. Geralmente, o escritor data a página do diário.

Tá na hora! Vamos escrever uma página de diário?

A proposta é esta: Imagine que você seja Carol Santiago, um dos principais nomes da natação paralímpica brasileira, que, mesmo depois de um dia exaustivo, tenha decidido registrar, em uma página de diário, um fato imprevisto, ocorrido durante o treinamento. 

Mergulhe nessa situação! Viva essa experiência incrível! 

Há na proposta um texto de apoio – leia-o para conhecer melhor a Carol Santiago, ok? 

Aqui está minha produção textual:

30 de junho de 2024

Amigão,

Tenho uma história pra contar. 

Antes, preciso dizer que, como todos os dias, acordei cedo para o treino, manhã fresca, o sol ameno. A piscina me aguardava. “Foco!”, o preparador gritou, ele sempre grita.

Durante o treino, algo inesperado aconteceu – e aqui começa a história! Estava treinando borboleta e crawl, quando senti um impacto leve na água. Estranhei. Pensei que fosse apenas uma falha no movimento, quando, surpreendentemente, topei com um passarinho, bem do meu lado, prestes a desistir de bater as asas, tamanho o cansaço. Ele tremia, de susto e de frio. 

Saí da água, recolhi o passarinho na concha das mãos, envolvi-o na toalha, e firmei a vista para perceber melhor a cor, a textura das penas encharcadas. O treinador, em vez de dar-me uma bronca, sorriu, dizendo que até o passarinho queria competir comigo. 

Foi um momento delicioso, como um refresco gelado, num dia exaustivo.

Enfim, em alguns minutos, o passarinho reagiu, voou. A mim, o voo foi curto, no alcance da minha vista. Tudo certo. Ele não precisa competir.

Voltei ao treino, borboleta e crawl. Paris me aguarda.

Feliz madrugada pra nós!

E então? Gostou da minha página de diário? Também quero conhecer a sua, ok?

E que tal escrevê-la agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever é bom demais! 

Não tenha preguiça de escrever e de rescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo…

Texto revisado? Tudo ok? Então poste a redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto. 

Antes de nos despedirmos, convido você a assinar o podcast da Plataforma Redigir, no tocador de sua preferência. Essa redação que você acabou de ouvir também já está disponível no site. 

Um abraço e até o próximo episódio!

Confira aqui o episódio anterior.

Rumo a redações excelentes no Ensino Fundamental!

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