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O que significa “tangenciar o tema?”

redação do enem
Quando a matemática ensina o português!

O Guia do Participante Enem considera tangenciamento ao tema a abordagem parcial, realizada somente nos limites do assunto mais amplo a que o tema esteja vinculado, deixando em segundo plano a discussão em torno do recorte temático objetivamente proposto.

Em síntese: o tangenciamento se dá quando o candidato focaliza o tema, mas não, propriamente, o recorte temático.

Por exemplo: se for proposto a você o tema “Consumo e ostentação – engrenagens do mundo contemporâneo”, preocupe-se em trazer à tona as causas e consequências da problemática: cite a inveja, o impulso das mídias televisivas a serviço do consumismo, o crédito facilitado e o endividamento, etc. Entretanto, se você focalizar o consumismo como uma doença, cujos sintomas são…, cuja terapêutica deve ser…, lamentavelmente, você tangenciará o tema, e sua nota sofrerá um decote considerável na Competência 2.

A propósito, confira o texto da professora Gislaine Buosi sobre Consumo e ostentação – engrenagens do mundo contemporâneo.

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Consumo e ostentação: engrenagens do mundo contemporâneo.” Ao final, apresente uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Consumo e ostentação: até que a morte os separe

Por Gislaine Buosi

“Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro”, já pontuou Freud, voz amadurecida da psicanálise do século XX.  A citação é oportuna quando o assunto é consumo e ostentação. Sem dúvida, o homem que está inserido na alta roda social – e ali pretende manter-se – precisa ter nervos de aço, saúde de ferro. Afinal, trajar Armani e Lacoste exige um holerite gordo. Da ceroula ao sapato, do sabão de barba às casas de massagem, dos pubs às corridas de cavalo: quem não quer ter a rotina perfumada do executivo da novela das 9?

O consumismo – ismo = mania de – está amparado na velha polêmica da supervalorização e autonomia do ego. A qualquer preço, o ego. E, óbvio, um ego bem vestido – o capitalismo dita as regras: a marca, o modelo, o tamanho, a cor que o homem deve ter para, então, ser. Ser o quê? Aceito pela sociedade. Surge, assim, a busca desenfreada por bens de consumo, às vezes úteis, é verdade, mas às vezes desnecessários.

O apelo midiático é a veia pulsante do mundo capital. Trinta segundos de refrigerante, e o mundo todo quer viver o lado Coca-Cola da vida. Outros vinte de perfume, e o mundo todo quer cheirar a O Boticário. Mais vinte, as crianças dançam a Xuxa. Mais quinze, o orçamento da casa está comprometido, as faturas dos cartões de crédito acumulam-se. Entretanto, a família está feliz, a vizinhança toda vê isso. Consumo e ostentação, nem a morte os separa.

Entretanto, é preciso que se recobre a lucidez. É tempo – e esse tempo não precisa ser marcado num Rolex – de conscientizar nossas crianças de que um calçado da marca X pode ter o mesmo conforto de um calçado da marca Y. Sim, a estratégia é ensinar as crianças a desapegarem-se dos rótulos e aterem-se às mercadorias. A educação, as salas de aula, são, sem dúvida, a melhor estratégia para a transformação do homem, que nunca pode deixar de ser de carne e osso.

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