Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!
Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção!
Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.
Confiram o episódio!
Olá! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura.
No episódio de hoje, faço alguns comentários sobre a composição de um EDITORIAL, que é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e revistas.
No final, há uma proposta sobre o tema POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO, e, como sempre, a leitura de uma redação. Se tudo isso interessa a você, fique comigo do início ao fim do episódio!
Esse assunto interessa a todo mundo, Gislaine!
Opa! Meu aluno imaginário chegou cedo!
Se antes de saber do tema eu já tava interessado, agora que eu soube, fico até o final, mesmo! Só uma pergunta, professora. Você vai falar apenas do gênero ou vai falar um pouco sobre o tema?
Posso, sim, falar algo sobre o tema, e em seguida falo sobre o gênero… Vamos lá!
O racismo na infância é um problema sério que afeta o desenvolvimento emocional de muitas crianças. O racismo, muitas vezes aparece de modo silencioso. Olha só: considera-se racismo o fato de haver pouca representatividade de negros em livros e filmes.
Ah… mas tem exceções, né? Tem filmes de personagens negras, indígenas…
Pois é – aqui está um detalhe que comprova a postura racista: a representatividade negra, indígena, parda… não deveria ser, como você disse, exceção, não deveria ser raridade, entende? Deveria ser algo natural, em proporções equilibradas com a representatividade branca. Já reparou como há mais bonecas brancas do que não-brancas à venda? Isso tanto nas prateleiras físicas quanto nas virtuais.
É. Em novelas também acontece isso.
Em novelas também. E, veja, hoje, no Brasil, a população não-branca já é maior do que a população branca.
Existem piadas racistas também, né? Eu tenho um primo que é negro e, é segredo, tá?, meus tios ficam contando umas piadas esquisitas… Ele dá uma risadinha, mas…
Piadas? Apontamentos racistas, de qualquer natureza, não são, nunca foram, piadas. Só é piada quando o que se conta seja capaz de divertir a todos. Se proporciona descontração a uns e traz constrangimento, se desvaloriza o outro, já deixa de ser piada, e passa a ser bullying – e, no que se refere ao racismo, não é só bullying; é crime. Piada racista é crime – é o que a lei já entende como racismo recreativo.
Professora, é impressão minha ou… é adulto que conta piada racista?
Bem lembrado! Preconceito é algo que já está enraizado, socialmente enraizado. Desse modo, criança, por sua pouca idade, dificilmente, tenha algo tão feio enraizado. A criança branca vai aprendendo a ser preconceituosa, exatamente, com os adultos, por meio de situações que vão até mesmo além das piadinhas ofensivas. Ora, ora! Os adultos têm voz e atitudes de autoridade – e devem usá-las para ensinar o respeito e o apreço ao diferente – e não o gracejo. Todos, eu disse todos, independentemente da cor, da etnia, devemos ter orgulho da nossa identidade; todos temos o direito de entrar e sair, de ocupar e de deixar de ocupar lugares, de falar e ser ouvido em sociedade.
Puxa vida! Gostei das suas explicações, professora!
Ah… Obrigada! Agora falo sobre o gênero Editorial. Como eu disse na abertura, é um texto de caráter expositivo-argumentativo, veiculado em jornais e revistas. O Editorial surge nas primeiras páginas, e explora, geralmente, a matéria da capa – isto é, a matéria mais importante daquela edição.
Recomenda-se também que o texto chame alguma matéria daquela edição, a fim de que o editorial tenha marcas específicas, e não seja confundido com outros gêneros – com um artigo de opinião, por exemplo. Editorial e artigo não são a mesma coisa – enquanto o editorial, geralmente, expressa a posição institucional da revista ou do jornal, o artigo de opinião reflete o ponto de vista do autor, ou seja, do articulista.
O estilo e o vocabulário dependem do caráter do jornal ou da revista – destina-se ao público jovem?, adulto?, à classe médica? etc. O editorialista deve ter essa percepção – estilo e vocabulário compatíveis ao potencial leitor.
A estrutura textual segue a dos demais gêneros de caráter dissertativo: tema, reflexão ou discussão e conclusão.
Vamos à proposta?
O comando é este: Imagine que você tenha sido convidado para escrever o EDITORIAL de uma revista destinada a leitores adolescentes, que, nesse mês, fará uma edição especial sobre o tema: POR UMA INFÂNCIA SEM RACISMO.
Na proposta, há uma coletânea de apoio bem selecionada! Antes de começar a escrever, leia todos os textos, ok?
Mãos à obra?!
Aqui está o meu editorial sobre o tema:
Primeiras lições de igualdade
Na infância desenvolvem-se, naturalmente, as primeiras noções a respeito daquilo que entendemos como convívio social. Por meio dos relacionamentos, em especial os familiares, a criança assimila valores e comportamentos que nortearão a vida futura. Desse modo, quando a criança está cercada por pessoas íntegras, é provável que ela as imite. Contudo, é preciso destacar que há práticas enraizadas no meio sociofamiliar que desvalorizam grupos – o racismo é uma delas.
A predominância de bonecas brancas no mercado de brinquedos, por exemplo, não só reflete normas sociais excludentes, como também limita a aceitação da autoimagem de crianças negras. Esses padrões, artificialmente fabricados por significativa parcela de uma sociedade ainda europeizada, reforçam estereótipos de beleza e deixam de lado milhões de crianças afrodescendentes.
Essa questão vai além dos brinquedos. Ela está ligada à forma como a sociedade branca, muitas vezes, educa suas crianças, que crescem sem o devido respeito e o merecido apreço umas às outras.
Nesta edição, a matéria da capa traz a boneca Dandara, de Jaciana Melquiades – tanto a boneca quanto a criadora celebram a cultura negra, representam um avanço cultural significativo. Tal iniciativa, que vale todas as nossas homenagens, amplia a oferta de representatividades positivas e incentiva conversas sobre pluralidade e inclusão. É fundamental que pais, educadores e a sociedade apoiem essas ações, promovendo um ambiente em que todas as crianças sejam empoderadas, valorizadas. Construir uma infância sem racismo é um compromisso coletivo.
Para validar a abordagem da capa, colaborou nesta edição, José Nélio Arantes, psicopedagogo clínico, segundo o qual “o respeito às diferenças não deve ser uma exceção, e sim uma regra que oriente as próximas gerações”. A leitura da entrevista, que pondera os impactos do racismo ao longo da primeira infância, fica aqui indicada.
Gislaine Buosi
Editora-chefe
E então? Gostou do meu editorial? Também quero conhecer o seu, ok?
E que tal escrevê-lo agora? Vamos lá! Desenvolva essa proposta de redação (clique aqui) – escrever, você já sabe, é bom demais!
Poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir. Lá você encontrará tópicos de gramática e listas de exercícios, sobre os pontos a serem aprimorados no texto.
Essa redação que você acabou de ouvir já está disponível no site.
Um abraço e até o próximo episódio!
Confira aqui o episódio anterior.
A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts.
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