X
Redigir
PARA ESCOLA PARA ALUNO TEMAS DE REDAÇÃO BLOG
ACESSAR
PARA ESCOLA PARA ALUNO TEMAS DE REDAÇÃO BLOG ACESSAR

Dissertação modelo sobre o tema: “Desafios para a formação educacional de surdos no Brasil”

A Plataforma Redigir, em tempo recorde, apresenta…

A escola que só fala e não escuta

Por Gustavo Fechus 

Apesar de legislação específica para a inclusão social de pessoas com deficiências, o Brasil, infelizmente, ainda enfrenta dificuldades em relação aos desafios para a formação educacional dos surdos. Isso é não só resíduo de uma cultura segregacionista, que pode ser mapeada desde a Grécia Antiga até a Alemanha Nazista, mas também anúncio de um olhar, do outro lado do Atlântico, mais mecânico do que humano, insensível, portanto, à questão da acessibilidade e da inclusão, neste país que, de maneira reiterada, dá sinais de que educação, definitivamente, não é para todos.

A História registra os primeiros sinais dessa violação: os espartanos da Grécia Antiga controlavam os nascimentos, a fim de eliminar os bebês com quaisquer deficiências, pois, segundo acreditavam, seriam um fardo à sociedade. Registra mais: na Alemanha do século XX, o arianismo de Hitler abraçava apenas pessoas da mais “pura linhagem” – altas, fortes, brancas e inteligentes. Ou seja, o passado é marcado por nocivas demonstrações de violência contra aquele considerado diferente.

No Brasil do século XXI, muitas instituições de ensino, das públicas às privadas, ainda que veladamente, não cumprem a Lei, ao rejeitarem matrículas ou pretenderem sobretaxá-las, quando bate às portas um aluno com alguma deficiência, seja intelectual, motora, visual ou auditiva – entre tantas outras. Essa postura, além de discriminatória, é desumana. Ao agir assim, a escola, sob a justificativa de que esse aluno onera o orçamento ou compromete o desempenho dos demais, tira dele a oportunidade de firmar-se cidadão e, por consequência, de integrar-se social e profissionalmente. A escola deve, sem dúvida, operar de modo a valorizar, indistintamente, qualquer pessoa. Outros sinais dão o mercado de trabalho, a mídia e a universidade: o primeiro, despreparado para incluir o surdo; a segunda, negligente quanto à língua de sinais; a terceira, conivente com a manutenção desse cenário, uma vez que restringe as aulas de Libras a cargas horárias insuficientes.

Portanto, para que, de fato, a Educação contemple todos os brasileiros, cabe ao MEC, por meio de amplo investimento em contratação de pessoal especializado para a Educação Básica (como professores e tradutores de Língua Brasileira de Sinais), promover a inclusão irrestrita do aluno surdo, tendo em vista o fato de que o acesso à Educação é um direito de todo brasileiro, como assegurado pela Constituição de 1988, a fim de que ele seja educado para o pleno convívio social. Às universidades cabe a ampliação da carga horária de Libras, por meio da transformação desse conteúdo em disciplina oferecida aos futuros professores durante o tempo da graduação, a fim de que haja docentes mais proficientes e sensíveis a essa causa. Todas as vozes da escola brasileira, afinal, precisam ser ouvidas.

POPULARES

Newsletter

Quer saber mais? Assine nossa newsletter, conheça estratégias para
melhoria da gestão escolar, descubra as melhores práticas
pedagógicas e alcance resultados mais satisfatórios com nossos
conteúdos exclusivos sobre Educação!

Dúvidas Frequentes Material didático
Seja Corretor Enem Seja Corretor Fundamental

Institucional

Política de Privacidade Termos de Uso LGPD
Facebook Linkedin Youtube E-Mail

REDIGIR A MAIS LTDA. Copyright © 2021. All rights reserved.