Dissertação EaD e impactos sociais

Os primeiros cursos EaD surgiram em meados de 1890, nos Estados Unidos e na Alemanha, onde eram oferecidos por meio de correspondências. O ensino por cartas chegou ao Brasil nos anos 1960 e também contava com aulas transmitidas pelo rádio. Em 2005, a modalidade foi regulamentada na lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pelo Ministério da Educação. Desde então, com o acesso maior à internet, o ensino a distância tem crescido e gerado polêmica.

No Brasil, a pandemia da Covid-19, ao que parece, será um marco balizados do EaD, uma vez que aulas remotas nunca foram tão necessárias. A experiência veio firmar o EaD como um modal a ser mais prestigiado por todos os atores da Educação.

E então? Quer conhecer uma dissertação, nos moldes do Enem, sobre o tema: “O EaD e os impactos na sociedade brasileira do século 21”?

Vamos lá?!

INTRODUÇÃO – PROJETO E REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL

O que diria Paulo Freire, pedagogo brasileiro do século passado, a respeito do Ensino a Distância no Brasil pós-moderno? Certamente, aquele que foi referência na Educação reconheceria os benefícios dessa ferramenta. Entretanto, é preciso admitir também as limitações desse novo modelo educacional, não só porque determinadas áreas demandam interação pessoal mais estreita, como também, e principalmente, porque o processo de ensino-aprendizagem a distância requer o domínio de ferramentas tecnológicas, o que, lamentavelmente, não faz parte da realidade de grande parte dos atores da educação. Desse modo, o Brasil precisa preparar-se melhor para esse novo modal de ensino, uma vez que é pressuposto para a democratização do conhecimento.

DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 1

Apesar de ser um país com dimensões continentais, o Brasil ainda registra considerável desigualdade social – bem por isso, é inegável a contribuição do EaD, o que promove maior acessibilidade à informação e, por vezes, de modo gratuito. Sem dúvida, isso é uma alavanca importante para a superação de mazelas sociais que grassam o país; afinal, não há outro caminho para a transformação da realidade da população economicamente vulnerável, que não a Educação. Outrossim, o EaD confere independência ao aluno, que deve determinar suas prioridades, acerca do que, de quando e de onde estudar, estratégia alinhada à pedagogia de Freire.

DESENVOLVIMENTO DO ARGUMENTO 2

Todavia, embora sejam irrefutáveis todos esses benefícios, não se pode desconsiderar o fato de que o EaD esbarra na limitação da natureza de algumas áreas, cuja formação depende da interação pessoal do estudante. Soma-se a isso o princípio de que o contexto escolar não se limita à difusão de informações, mas a tudo o que se pode absorver da convivência social, indispensável à formação plena do profissional, no que seja pertinente à ética, à moral, à cidadania. Por arremate, é de todo importante pontuar que grande parte dos docentes não domina os recursos tecnológicos ideais para a produção de aulas audiovisuais, o que compromete sensivelmente a qualidade do ensino.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOCIAL

Portanto, o EaD é uma realidade contra a qual não se deve lutar; pelo contrário: cabe aos órgãos governamentais, sobretudo ao MEC, ampliar a oferta de cursos a distância, em especial os gratuitos, quer por meio de canais públicos de TV, quer por meio de sites como o YouTube, os quais têm significativo alcance para a divulgação de conteúdos, a fim de que, a cada dia, o acesso ao conhecimento seja mais democrático. Para tanto, é preciso também capacitar melhor os professores, haja vista o fato de que, para a condução de aulas a distância, é preciso conhecimentos tecnológicos específicos. Isso feito, o legado Paulo Freire, que tanto trabalhou para a Educação, será preservado, rumo a um Brasil mais justo e menos desigual.

Por Gislaine Buosi

E então?

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Agora ficou bem mais fácil, né?

A gente vai se falando…

Prof.ª Gislaine Buosi