Dissertação – Caminhos para combater o tráfico de pessoas

Como combater o tráfico de pessoas no Brasil? O problema é muito mais complexo do que, a primeira vista, pareça. Falamos em rotas internacionais de tráfico de pessoas, e, desse modo, não convém apequenar o alcance do crime, trazendo-o às fronteiras do Brasil. Levantamentos recentes da Organização Mundial do Trabalho asseguram que o tráfico de pessoas movimenta cerca de 32 bilhões de dólares por ano.

Conheça uma dissertação, nos moldes do Enem, sobre o tema: “Caminhos para combater o tráfico de pessoas”.

Vamos lá?!

INTRODUÇÃO – PROJETO E REPERTÓRIO SOCIOCULTURAL

Segundo dados recentes da Organização das Nações Unidas (ONU), o tráfico de pessoas é, hoje, uma das atividades mais rentáveis do crime organizado. Isso porque pessoas são aliciadas para o mercado negro de órgãos humanos e para o trabalho escravo – aqui, sobretudo, a exploração sexual –, fatos que proporcionam ganhos financeiros excepcionais aos traficantes. Um exemplo disso pode ser conferido em “Anjos do Sol”: no longa, Maria, de 12 anos, é vendida pela família a um recrutador de prostitutas – o negócio acontece pautado na ignorância do pai, que acredita estar encaminhando a filha para uma vida melhor, o que, peremptoriamente, não acontece. Sem dúvida, é tempo de Estado e sociedade enfrentarem a questão, com políticas socioassistencialistas de proteção às vítimas.

DESENVOLVIMENTO 1

Nesse sentido, já é consenso que o trabalho escravo e a exploração sexual não são frentes isoladas, uma vez que esse tipo de exploração, se não consensual, é uma forma de trabalho análogo ao de escravo. Comumente, jovens, em especial mulheres em situação de vulnerabilidade, são levados do lugar de origem, sob a promessa de um contrato de trabalho, cuja função não é de todo esclarecida, embora haja certa projeção pecuniária. Ao final de pouco tempo, não raramente, elas são submetidas a jornadas exaustivas de trabalho em casas de prostituição – eis resultado lucrativo do tráfico de pessoas, com vista inclusive a atender ao turismo sexual internacional. Nem é preciso dizer que, nesse ínterim, a vítima esteja suscetível não apenas à degradação moral, como também a doenças sexualmente transmissíveis e até à morte.

DESENVOLVIMENTO 2

Não fosse o suficiente, é preciso pontuar que o tráfico de órgãos humanos é um mercado em franca expansão. O sequestro de pessoas para fins de remoção e venda de órgãos tem sido a solução criminosa para atender a pacientes na fila de espera por doadores. Contudo, em se tratando de um assunto tão delicado e relevante, como é a doação de órgãos, constata-se a conduta omissiva de grande parte da sociedade, que, por falta de empatia, ainda resiste a aceitar e a autorizar os procedimentos para que se efetive a remoção de órgãos de parentes falecidos. É certo que, quando aumentarem as estimativas da doação, em tese, parte significativa do problema do tráfico de pessoas estará a caminho de ser resolvida.

INTERVENÇÃO SOCIAL

Portanto, para combater a questão, espera-se a iniciativa de diversos atores sociais e estatais. Cabe às autoridades civis e militares fiscalizarem mais ostensivamente as rotas do tráfico, a fim de que não apenas pontos de trabalho escravo sejam desbaratados, como também traficantes de pessoas, ainda que travestidos de empregadores, sejam capturados e punidos. Isso deve ser feito por meio da inteligência tecnológica, eficiente em potencial para o rastreio de criminosos. Por sua vez, os educadores devem promover rodas de conversas, palestras e espetáculos educativos, com vista à formação integral das famílias, condição para a segurança e a saúde, itens constitucionalmente resguardados.

Por Gislaine Buosi

E então?

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A gente vai se falando…

Prof.ª Gislaine Buosi