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Conto social – Malabarista de farol – Podcast Redigir Fundamental

Alunos, professores e gestores do Ensino Fundamental, bem-vindos a mais uma temporada de episódios do Podcast Redigir Fundamental, uma ferramenta infalível para aprimorar as redações! Preparem-se para uma verdadeira revolução – a professora Gislaine Buosi, semanalmente, grava episódios que, além de muito criativos, atendem perfeitamente a demandas cada vez mais exigentes. Por aqui, há técnica e sensibilidade a toda prova!

Conheçam propostas dos mais variados gêneros redacionais, como Resenhas, Editoriais, Crônicas, Artigos de Opinião e Fábulas, cuja coletânea de apoio é não só bem selecionada, como também atualizada. São atividades que despertam a curiosidade dos estudantes, incentivando-os a explorar temas contemporâneos e talvez até – quem sabe? – se descobrirem escritores de ficção! 

Sem dúvida, o Podcast Redigir Fundamental é o grande aliado das aulas de redação! Juntem-se a nós, na linha de frente da Educação com a Plataforma Adaptativa Redigir.

Conto social – Malabarista de farol

Confiram o episódio!

Transcrição do episódio

O chapéu gasto deixava o sol do meio-dia queimar os braços musculosos do malabarista do farol. Diego, há tempos equilibrava não apenas bolas e bastões no ar, como também as dificuldades da vida. Quando o farol fechava, era seu momento de brilhar. 

Olá! Que bom nos encontrarmos aqui mais uma vez! Seja muito bem-vindo ao Podcast Redigir Fundamental! Eu sou Gislaine Buosi, escritora e professora de Redação e Literatura. 

Hoje vamos fazer algumas considerações a respeito de conto social. Ao final, há uma proposta de redação e um conto-modelo. O tema, de viés social, obviamente, é dos mais tocantes – a dura realidade de artistas de rua, de malabaristas, por exemplo. 

O malabarismo de rua chegou ao Brasil em 2001 – a crise econômica da Argentina foi a responsável pela chegada desses artistas. No Brasil, até então, não havia malabaristas em semáforos.

Ual! O episódio parece que vai ser empolgante!

Ora, ora! Meu aluno imaginário chegou! Vai ser empolgante, sim. Fique comigo do começo ao fim do episódio!

Antes de falarmos, exatamente, sobre conto social, deixo aqui uma informação: você sabia que contar e ouvir histórias são atividades das mais rudimentares? Antes mesmo da linguagem escrita, tal como temos hoje, as pessoas contavam histórias – já contavam, inclusive, histórias que chegam até nós. 

Contos, fábulas, crônicas, lendas – são exemplos de textos narrativos literários. 

Para escrevermos um conto, é preciso, em primeiro lugar, termos ou inventarmos um enredo, quer dizer, uma história.

A partir do enredo, criamos os demais elementos do conto: personagens, tempo e espaço. Olha só: os personagens, em determinado tempo e espaço, vão contracenar, viverão o enredo. É preciso também criarmos um narrador, para nos contar a história.

Até o final do conto, o leitor deverá encontrar respostas para: o que aconteceu?, com quem aconteceu?, como?, quando?, onde?, por quê?, e então…

Gislaine, o que é, exatamente, um conto social?

Bem… Vamos lá! Nos contos de amor, há o envolvimento afetivo dos personagens; nos contos de aventura, há descobertas, missões impossíveis; nos contos de humor, há, sobretudo, situações engraçadas; nos contos de terror, o escritor investe no desconhecido, ou, mais precisamente, no medo, no pavor pelo desconhecido. 

Por sua vez, o conto social focaliza temas que envolvem, especialmente, acontecimentos muito próximos à realidade de personagens socialmente marginalizadas, ou seja, de personagens que em muito se assemelham a pessoas desprivilegiadas. Há certo aceno a denúncias de injustiças ou de desatenção aos direitos humanos. Temas como desigualdade social, fome, preconceito, pessoas em situação de rua, bullying etc. podem ser pano de fundo para os contos sociais.

As técnicas descritivas também devem ser exploradas: cheiros, ruídos, cores, sabores – tudo isso, em sintonia, colabora para criar personagens e cenários mais vivos. Lembre-se: os leitores enxergarão, exatamente, o que o escritor quiser que eles enxerguem – personagens altos, baixos, felizes, adoentados, bem ou mal vestidos; cenários luxuosos, paupérrimos, vazios etc., etc. E tudo isso acontece por meio das técnicas descritivas.

Gislaine, tô pensando aqui… Vou escrever sobre um malabarista que ganhava tantas gorjetas, que, no final, ele compra um carro e vai embora do Brasil.

Tá. Mas você concorda que essa abordagem e, principalmente, esse final são, de certo modo, previsíveis.

Ah… concordo.

Então minha sugestão é a seguinte: aposte em tramas e desfechos mais criativos, originais. Então esteja certo de que ninguém pensaria em criar um enredo tal como você esteja pensando – isso é ser original; isso valoriza o texto. 

Tá legal, professora!

Legal? Legal mesmo é a nossa proposta de redação. Vamos conhecê-la?

 

Na proposta há, para esta atividade, dois textos-base. Leia-os atentamente, e então escreva um conto social, a partir do tema: “Malabarismo de farol – equilíbrio, arte e meio de sobrevivência”. 

O malabarista deverá ser o protagonista (personagem principal); crie outros personagens (dois ou três) para compor a trama.

Leve ao seu leitor o conto social mais bem escrito de todos os tempos! Invista também em aspectos descritivos, para dar mais vida aos personagens e às cenas.

Você quer conhecer meu conto social? Aqui está.

 

Os artistas do farol

Por Gislaine Buosi

O chapéu gasto deixava o sol do meio-dia queimar os braços musculosos do malabarista do farol. Diego, há tempos equilibrava não apenas bolas e bastões no ar, como também as dificuldades da vida. Quando o farol fechava, era seu momento de brilhar. Em 90 segundos, transformava o asfalto em palco, dançando entre carros, cujos motoristas, a maior parte deles, ignoravam o espetáculo.

Certo dia, enquanto jogava os bastões para o alto, Diego topou com a janela de um carro de luxo aberta, através da qual uma menina observava o malabarista. “Você é incrível!”, foi o que ela disse, no instante em que, o farol prestes a abrir, a mãe dava a Diego uns trocados. Mais tarde, suado, Diego contava o dinheiro – não fazia grande soma, contudo era suficiente para levar pão e leite aos filhos. 

No farol da outra esquina, Suzy também fazia seu espetáculo – menos empolgante, os bastões não subiam tanto. Suzy era moça franzina que, às escondidas, tentava aprender a profissão, observando Diego que, quando percebeu que ela estava atenta, propôs-se a ensinar-lhe algumas manobras, a troco de a moça juntar os bastões que, por vezes, caíam das mãos do malabarista. “Ensino você a atirar bolas, e não bastões! Dos bastões cuido eu. Combinado?”

Entretanto, Suzy não aprendeu a dominar as bolas. Em vez disso, passou a contar histórias – essa era a habilidade da moça, o que, talvez, fizesse inveja a escritores dos mais criativos. O público se dividiu, a parceria rendeu: enquanto alguns motoristas preferiam assistir à dança dos bastões, outros ora se emocionavam, ora se divertiam com as tramas.

Com o tempo, Diego já conseguia levar aos filhos, além de pão e leite, um quilo de carne, e Suzy, o dinheiro para os remédios do pai. Tudo ia bem, apesar de os sonhos ficarem empilhados, imóveis, até que a vida, de fato, lhes determinasse outra sorte. Ou não.

***

Diego e Suzy foram expulsos do farol, sob o protesto de um sem-número de motoristas, já afeitos ao espetáculo, às tramas. Os artistas passaram a gritar, em outro farol, garrafas de água e pipocas doces. Por vezes, reencontravam motoristas, amigos quase esquecidos, que lhes davam moedas, muitas, que iam juntado…

 

E então? Gostou do meu conto social? Também quero conhecer o seu, ok? E que tal escrevê-lo agora (clique aqui)? Vamos lá! Escrever é pra lá de bom demais! 

Escreva sua redação, faça a autocrítica e a autocorreção: confira se seu texto está fácil de ser entendido; se as frases e os parágrafos estão bem ligados entre si; se as ideias obedecem a uma sequência cronológica e não se embaralham; se não há repetições nem sobra de palavras; se a ortografia, as regras de acentuação gráfica, a pontuação, as concordâncias e as regências estão corretas.

Tudo ok? Se ainda não… Não tenha preguiça de reescrever o texto – o segundo é sempre melhor do que o primeiro; o terceiro, muito, muito melhor do que o segundo… 

Depois de tudo isso, poste sua redação e, assim que ela chegar corrigida no seu aplicativo, frequente o percurso de aprendizagem da Plataforma Redigir – lá você encontra tópicos de gramática e listas de exercícios para aprimorar a linguagem escrita. 

Essa redação que você acabou de ouvir também está disponível no site. 

Um abraço e até o próximo episódio!

 

Confira aqui o episódio anterior.

 

Rumo a redações excelentes no Ensino Fundamental!

A Plataforma Redigir é ideal para auxiliar os alunos do Ensino Fundamental a aprimorarem suas habilidades de escrita. Além de fornecer correções de redação, a plataforma oferece recursos exclusivos e adaptativos, incluindo videoaulas personalizadas, tópicos de gramática, listas de exercícios e podcasts. 

 

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